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Ronaldo foi lá acima mostrar que ainda é um dos maiores: bis, melhor marcador isolado e regresso às vitórias da Juventus

Este artigo tem mais de 3 anos

Marcou de cabeça na versão Air Ronaldo, bisou de pé esquerdo: português foi a figura no regresso da Juventus às vitórias com o Parma (4-0) e vai acabar 2020 com mais golos na liga do que Lewandowski.

Ronaldo voltou a chegar ao terceiro andar para marcar o seu primeiro golo no jogo, num lance semelhante ao golo à Sampdória... há um ano e um dia
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Ronaldo voltou a chegar ao terceiro andar para marcar o seu primeiro golo no jogo, num lance semelhante ao golo à Sampdória... há um ano e um dia

Ronaldo voltou a chegar ao terceiro andar para marcar o seu primeiro golo no jogo, num lance semelhante ao golo à Sampdória... há um ano e um dia

O futebol é algumas vezes um domínio de memória curta mas é também um mundo de momentos. Do bom e do mau num jogo. Do melhor ao pior num instante. Foi isso que aconteceu com Cristiano Ronaldo, em poucos dias.

É raro mas também acontece: Ronaldo falha penálti e Juventus volta a empatar na Serie A

Ronaldo bisou na vitória da Juventus em Camp Nou frente ao Barcelona e tocou no topo, ainda para mais por ter sido adversário de Lionel Messi e no campo onde foi mais vezes colocado em prova. Ronaldo voltou a bisar frente ao Génova, fora, e continuou a ser o maior até pela marca dos 79 golos nesse número redondo dos 100 jogos pela Juventus (e por ter chegado à liderança dos melhores jogadores da Serie A). Ronaldo foi nomeado para o Melhor Onze da História da France Football a par de nomes como Maradona, Pelé, Messi e Ronaldo Fenómeno e reforçou o posto de melhor. Ronaldo falhou um penálti no empate em Turim com a Atalanta e tornou-se o pior, tendo notas entre 4,5 e 5 nas avaliações de todos os jornais transalpinos. Ronaldo terminou no segundo lugar na votação do prémio The Best e aquilo que se destacou é que, quer ele, quer Messi, já não são tão bons.

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Os números de Robert Lewandowski não tiveram comparação com mais ninguém mas Ronaldo teve registos na última época e na presente temporada acima do que fizera no arranque de aventura em Itália, mostrando algo que serve de espelho para retratar o que se tem passado nestes últimos meses de 2020 já com Andrea Pirlo no lugar de Maurizio Sarri: mais do que os golos e os números que faz no plano individual, o avançado português ainda não teve uma equipa oleada como ajudou a construir em Manchester, como integrou em Madrid ou como parecia estar a montar com Allegri no primeiro ano em Turim. E isso vê-se também nos próprios resultados da Juventus.

https://twitter.com/FutbolBible/status/1340400222346895362

Na temporada em que tentará chegar ao décimo título consecutivo (três com Conte, cinco com Allegri e um com Sarri), a Vecchia Signora é uma das duas equipas a par do líder AC Milan que ainda não perdeu mas teve tantas vitórias como empates nas 12 jornadas iniciais, ocupando a terceira posição a três pontos do Inter e a quatro dos rossoneri. “Os falhanços que tivemos com a Atalanta ainda me deixam um pouco irritado… Fizemos um bom jogo contra uma grande equipa. Todavia, aqui dentro ainda mora arrependimento de não termos aproveitado as chances criadas”, assumiu Pirlo no lançamento do jogo com o Parma de Bruno Alves (que agora faz dupla com o também antigo central do FC Porto, Osório), onde assumia que a equipa não podia perder mais pontos.

A entrada provou isso mesmo. Apesar das dúvidas na perceção se havia uma defesa a três com Danilo a ser central na direita ou uma linha de quatro sem bola, algo que dependia também do posicionamento de Kulusevski frente à anterior equipa (Chiesa, que marcou à Atalanta, ficou no banco), a Juventus entrou melhor mesmo vendo Buffon a travar a primeira grande oportunidade por Kucka numa grande transição ofensiva do Parma (15′) e não demorou a colocar-se em vantagem com dois golos em pouco mais de três minutos: Kulusevski, após um cruzamento rasteiro de Alex Sandro que atravessou toda a área, inaugurou o marcador com um remate de pé esquerdo na área (23′), Ronaldo aumentou depois cabeceando lá no alto depois de um grande passe de Morata na esquerda como tinha feito há um ano num golo que correu mundo frente à Sampdória em Génova (26′). E por pouco o português não bisou pouco depois, num remate de fora da área que passou muito perto do poste (29′).

Um pássaro? Um avião? Não, era apenas Ronaldo – a marcar pelo quinto jogo seguido e a dar a vitória à Juventus

[Clique nas imagens para ver os golos do Parma-Juventus em vídeo]

Ao quinto jogo frente ao Parma do amigo Bruno Alves, Ronaldo marcou… o quinto golo (não ficaria por aí). E olhando apenas para os encontros feitos pela Juventus no ano civil de 2020 entre Campeonato, Taça e Champions, chegava aos 40 golos em 38 partidas, com 25 em 25 referentes à última época e 15 em 13 na presente temporada. E continuou a tentar marcar mais, muito móvel nas ações ofensivas em dupla com Morata e tendo Ramsey no apoio mais próximo, com a Juventus a chegar ao intervalo com mais duas boas oportunidades que não foram concretizadas por McKennie e por Bonucci e que poderiam ter arrumado de vez com o jogo.

Não foi aí, foi pouco depois do reatamento. E de novo com Ronaldo a assumir o principal protagonismo: após mais uma boa recuperação de um meio-campo com Betancur, McKennie e Ramsey que funcionou bem, o antigo médio do Arsenal assistiu o português que, descaído sobre a esquerda na área, fez uma finta para a frente e rematou cruzado de pé esquerdo para o 3-0 (48′), fazendo o 12.º golo em nove jogos da Serie A e isolando-se ainda mais na lista dos melhores marcadores da Serie A, com mais dois golos do que Ibrahimovic e Lukaku. Mais uma vez, o capitão da Seleção dobrava a carreira dos 40 golos num ano civil e ultrapassou o número de golos de Robert Lewandowski em 2020 na liga (33-32). Tudo… aos 35 anos. E foi com o português já a descansar no banco que chegou o 4-0, com Morata a marcar num grande cabeceamento após cruzamento de Bernardeshi (86′).

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