11 anos. Há 11 anos que o Atl. Madrid não perde o primeiro jogo de um ano civil. O objetivo, este domingo, era manter precisamente esse registo, prolongá-lo por mais 365 dias e ainda aproveitar os três pontos inerentes para regressar ao primeiro lugar da liga espanhola, adquirido provisoriamente pelo Real Madrid. Para isso, era necessário derrotar o Alavés num relvado que horas antes do apito inicial estava coberto com um denso manto de neve. E para isso, o Atl. Madrid precisava de demonstrar também aquilo que consegue fazer sem João Félix — porque Simeone optou por deixar o avançado português no banco.
“Quando escolhemos um jogador imaginamos sempre o melhor em cada um deles. Alguns precisam de mais tempo para o provar, mas é o que estamos a ver em Llorente, Hermoso, João Félix, Lemar, Herrera ou Carrasco, que têm estado a crescer dentro do que a equipa precisa e também do seu talento individual. Tem sido o que esperávamos deles e é por isso que fomos contratá-los. Alguns demoraram mais, outros menos… mas eles estão a demonstrar o que pensávamos deles”, disse o treinador argentino na antevisão, para justificar a demora de resultados dos jogadores que enumerou. Ainda assim, Félix e Herrera eram os únicos da lista que não eram titulares este domingo, contra o Alavés: o avançado português era substituído por Correa, ao lado de Suárez e menos de uma semana depois de Diego Costa ter rescindido.
Et… Voilà! ????
???? Gracias a la encomiable labor de los trabajadores del club y responsables de jardinería, el #AlavésAtleti podrá disputarse con normalidad ????#GoazenGlorioso ???? pic.twitter.com/EZK3oAAlAC
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Uma saída que, na ótica de Simeone, pode acabar por motivar uma ida do Atl. Madrid ao mercado já em janeiro, para contratar um avançado. “Estamos sempre a trabalhar no que melhor convém ao clube e se tiver de chegar alguém, logo saberão”, disse o argentino, que recebeu Suárez no início da época para reforçar o ataque mas foi agora surpreendido pela ida inesperada de Diego Costa. Contra o Alavés, os colchoneros encontravam Battaglia, médio emprestado pelo Sporting, e também Deyverson, avançado que passou pelo Benfica B e pelo Belenenses. No banco de suplentes da equipa orientada por Pablo Machín estava ainda Tomás Tavares, lateral direito emprestado pelo Benfica ao clube espanhol.
A primeira oportunidade do jogo apareceu logo nos instantes iniciais, com Suárez a solicitar Carrasco na esquerda e o belga a rematar para uma defesa do guarda-redes Pacheco (6′). Antes do intervalo, e numa altura em que ambos os treinadores já pensavam em formas para agitar a partida no segundo tempo, Marcos Llorente fez a diferença: o Alavés perdeu a bola no meio-campo para Suárez, o uruguaio lançou o médio espanhol e Llorente rematou, beneficiando ainda de um desvio num defesa adversário (41′).
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Na segunda parte, o Atl. Madrid ficou perto de aumentar a vantagem em duas oportunidades consecutivas: primeiro com Suárez, que optou pela assistência ao invés do remate e acabou desarmado (51′), e depois com Carrasco, que também tentou cruzar numa altura em que poderia ter atirado à baliza (60′). Foi nesta altura que Diego Simeone optou pela entrada de João Félix, que substituiu Correa, e as coisas ficaram teoricamente ainda mais simples para o Atl. Madrid quando Laguardia viu o cartão vermelho direto depois de uma entrada dura sobre Lemar.
A pouco mais de cinco minutos do apito final, porém, surgiu o balde de água fria para o Atl. Madrid. Na sequência de uma boa movimentação ofensiva do Alavés, Felipe acabou por ser o último a tocar antes de a bola entrar na baliza de Oblak e o autogolo do ex-central do FC Porto empatou a partida. Simeone lançou Renan Lodi e a salvação apareceu no último instante do tempo regulamentar: Suárez apareceu ao segundo poste, com a baliza deserta pela frente, e só precisou de encostar depois de João Félix soltar uma assistência horizontal e letal a partir da esquerda (90′).
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O Atleti não deixa o Alaves respirar e está novamente na frente com assistência de João Félix ???????? É tudo teu: https://t.co/0OIORVjMQn #LaLigaELEVEN pic.twitter.com/UFGloR9uXk
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Apesar do susto, o Atl. Madrid voltou a ganhar, recuperou a liderança da liga espanhola e continua à frente do Real Madrid. Com este golo, Suárez já tem envolvimento em 11 golos nos primeiros 12 jogos pelo clube na liga espanhola e é mesmo o melhor estreante colchonero desde Falcao, em 2011. O avançado uruguaio voltou a ser o salvador de Simeone, voltou a ser um dos melhores elementos em campo e garantiu mais três pontos para o Atl. Madrid.
11- Luis Suárez has been involved in 11 goals in his opening 12 games for @atletienglish in #LaLiga (nine goals & two assists), the best starting for a Atlético's player in this century, surpassing Radamel Falcao in 2011 (9+1). Quality#AlavesAtleti #AlavesAtleti pic.twitter.com/Lt94Pmle7u
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