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Proibição de circulação entre concelhos para todo o país

Este artigo tem mais de 3 anos

O novo estado de emergência prevê, no fim de semana, a proibição de circulação entre concelhos em todo o país e o recolher obrigatório para todos os concelhos com nível de risco elevado ou superior.

Total de novos casos, por 100 mil habitantes, ao longo de 14 dias: até 27 de dezembro (à esquerda), depois de 23 de dezembro (à direita)
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Total de novos casos, por 100 mil habitantes, ao longo de 14 dias: até 27 de dezembro (à esquerda), depois de 23 de dezembro (à direita)

OBSERVADOR

Total de novos casos, por 100 mil habitantes, ao longo de 14 dias: até 27 de dezembro (à esquerda), depois de 23 de dezembro (à direita)

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Dos 278 concelhos em Portugal continental só 25 se encontram no nível de risco moderado (o nível mais baixo) e são os únicos em que os habitantes não têm de recolher ao domicílio a partir das 13 horas no fim de semana. Nos restantes concelhos, com níveis de risco elevado, muito elevado ou extremamente elevado, há recolher obrigatório, a partir das 13 horas, nos dias 9 e 10 de janeiro.

O Conselho de Ministros determinou também que, com a renovação do estado de emergência (entre a meia-noite de dia 8 de janeiro de 2021 e as 23h59 do dia 15 de janeiro) — e depois de dois dias com cerca de 10 mil novos casos de infeção —, está proibida a circulação entre todos os concelhos do continente, independentemente do nível de risco, das 23 horas de dia 8 até às 5 horas de dia 11.

Na lista com os níveis de risco divulgada esta quinta-feira pelo governo, além dos 25 municípios de risco moderado (com incidência acumulada a 14 dias inferior a 240 novos casos por 100 mil habitantes), há 65 municípios no nível de risco elevado, 132 no nível muito elevado e 56 no nível extremamente elevado. Os níveis são baseados no total de novos casos por 100 mil habitantes entre 23 de dezembro e 5 de janeiro.

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Os dados divulgados esta quinta-feira contrastam — e muito — com aqueles que foram divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), na segunda-feira, com base na incidência acumulada a 14 dias até 27 de dezembro. Assim, nos 14 dias que antecederam o último domingo do ano — mas ainda sem reflexo do relaxamento das medidas do natal — havia, entre os 278 municípios do continente: 25 concelhos num nível de risco extremamente elevado, 74 muito elevado, 120 elevado e 59 moderado.

Com os dados divulgados pelo comunicado do Conselho de Ministros, houve 139 concelhos que subiram de nível de risco, quando comparados com o último estado de emergência (que teve início a 24 de dezembro): 15 subiram três níveis de risco, de moderado para extremamente elevado; 40 subiram dois níveis de risco (28 de moderado para muito elevado e 12 de elevado para extremamente elevado); e, 84 municípios subiram um nível de risco (18 de moderado para elevado, 51 de elevado para muito elevado e 15 de muito elevado para extremamente elevado).

Os municípios que desceram o nível de risco são muito menos, 43 no total, dos quais 35 desceram um nível (13 de extremamente elevado para muito elevado, 19 de muito elevado para elevado e três de elevado para moderado), sete que desceram dois níveis (conforme tabela em baixo) e um — Castelo de Vide — que desceu três níveis, de extremamente elevado para moderado.

Municípios Variação em duas semanas (em níveis) 7.Jan.2021 17.Dez.2020
Castelo de Vide Desceu 3 níveis Moderado Extremamente Elevado
Monforte Desceu 2 níveis Elevado Extremamente Elevado
Valpaços Desceu 2 níveis Elevado Extremamente Elevado
Almeida Desceu 2 níveis Moderado Muito elevado
Freixo de Espada à Cinta Desceu 2 níveis Moderado Muito elevado
Resende Desceu 2 níveis Moderado Muito elevado
Sernancelhe Desceu 2 níveis Moderado Muito elevado
Torre de Moncorvo Desceu 2 níveis Moderado Muito elevado

Dos 96 concelhos mantiveram o mesmo nível de risco desde o último estado de emergência, 16 mantiveram-se no nível de risco moderado: Alcoutim, Aljezur, Arronches, Barrancos, Carrazeda de Ansiães, Coruche, Ferreira do Alentejo, Lagoa (Algarve), Monchique, Pampilhosa da Serra, Proença-a-Nova, Santiago do Cacém, Sardoal, Sines, Vila de Rei e Vila do Bispo.

O que mudou entre 27 de dezembro e 5 de janeiro?

Borba, Ferreira do Zêzere, Fornos de Algodres, São João da Pesqueira e Trancoso que se encontravam no nível moderado, com menos de 240 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, no dia 27 de dezembro, sobem três níveis para o risco extremamente elevado (mais de 960 casos por 100 mil habitantes), segundo os dados de 5 de janeiro. Há ainda 12 concelhos que subiram do nível moderado para muito elevado e 23 do nível moderado para elevado.

Nisa é o concelho que mais sobe, Vimioso o que mais desce (mas continua com risco extremamente elevado)

Valpaços desceu do nível de risco extremo para elevado (menos dois níveis), Alfândega da Fé e Marvão desceram do nível de risco extremo para muito elevado.

Castanheira de Pera, Castelo de Vide e Manteigas que estavam no nível muito elevado a 27 de dezembro, passam para o nível moderado segundo os dados de dia 5 de janeiro. Odemira, Sernancelhe e Vila de Rei, por sua vez, desceram de elevado para moderado.

Há um conjunto de 83 municípios que subiram um ou dois níveis a partir do risco elevado (74 para muito elevado e 9 para extremamente elevado), entre eles estão, por exemplo, Almada, Amadora, Cascais, Faro, Lisboa, Loures, Mafra, Matosinhos, Odivelas, Oeiras ou Porto.

Atualizado às 20h00

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