Apesar de a campanha de vacinação para a Covid-19 já estar em marcha, o plano não está fechado e ainda pode haver mudanças na composição dos grupos prioritários.

Horas depois de ser conhecido o resultado positivo do Presidente da República, seguido esta manhã por um segundo resultado, desta feita negativo, Francisco Ramos, coordenador da task force responsável pelo processo, disse isso mesmo ao Observador e revelou que a inclusão dos líderes políticos no grupo prioritário de vacinação não só esteve como está ainda em discussão.

De teste em teste até ao positivo que ditou o fim da campanha para Marcelo

“Foi equacionado e ainda está a ser equacionado“, disse o ex-secretário de Estado Adjunto e da Saúde, declinando explicar por que motivos ou com que argumentos ficaram para já os mais altos representantes do Estado de fora das listas prioritárias e remetendo mais explicações para o momento em que exista “decisão sobre essa matéria”.

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Questionado sobre se o assunto voltou a estar em cima da mesa dados os últimos acontecimentos com Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Ramos recusou responder, limitando-se a repetir que a questão não está fechada —mas a verdade é que, em algum momento, terá sido um assunto encerrado, já que, do plano de vacinação em curso desde 27 de dezembro, não constam representantes políticos.

Além disso, justamente no dia em que o plano de vacinação para a Covid-19 foi apresentado, elementos da task force que Francisco Ramos dirige garantiram numa reunião com jornalistas que a inclusão dos líderes políticos nos grupos prioritários não ia ser recomendada.

Novo teste a Marcelo Rebelo de Sousa deu negativo

Vários países, como Estados Unidos, Israel ou Arábia Saudita, optaram por incluir os representantes políticos nos grupos prioritários para a vacinação, numa tentativa não só de dar o exemplo e de incentivar a restante população a receber a injeção mas também de proteger os mais altos representantes do Estado.