A marca francesa chama-lhe Renaulution, que surge como uma espécie de “revolução da Renault”. No fundo, trata-se da estratégia para os próximos anos, durante os quais todas as marcas do grupo beneficiarão de profundas mexidas, da Alpine à Dacia, passando pela Lada e pela própria Renault. Mas, como seria de esperar, será a marca líder a usufruir da maioria das atenções.

De acordo com Luca de Meo, o CEO do grupo gaulês, a Renault prepara-se para lançar uma “Nouvelle Vague”, que tornará a marca “mais moderna, mais tecnológica e com uma aposta decidida nos serviços e no respeito pelo ambiente”. E, neste último capítulo, os franceses pretendem chegar a 2025 com mais 14 novos veículos, 7 dos quais eléctricos e outros tantos no segmento C e D, com este último a ser um mercado onde a Renault nunca se sentiu muito à vontade em termos comerciais.

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Além dos veículos 100% eléctricos a bateria, o construtor vai igualmente apostar de forma decidida nos eléctricos alimentados por fuel cell a hidrogénio, tecnologia que vai reservar aos veículos comerciais. Os híbridos e híbridos plug-in continuarão a ter o seu lugar na gama francesa, pelo menos no actual estágio de evolução e custo dos veículos eléctricos.

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Para materializar toda esta estratégia, a Renault conta com duas novas plataformas da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, nomeadamente a CMF EV, para os segmentos C e D, e a CMF-B EV, ligeiramente mais pequena para gerar berlinas e SUV do segmento B, o dos utilitários. É daqui que vai sair o futuro R5, revelado em protótipo, confirmando que a marca francesa pretende recuperar os seus sucessos do passado para rumar ao futuro, explorando assim a paixão do mercado pelos veículos rétro. Resta saber o que virá a seguir, do “Joaninha” ao R4…

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Mas a Renault quer também avançar pelo negócio dos serviços, daí que se prepare para incluir em breve nos seus veículos um sistema de entretenimento My Link com os serviços da Google, uma estreia entre os modelos mais acessíveis. Isto enquanto forma a Software République, onde fornecedores especialistas se vão juntar para desenvolver sistemas e soluções para atrair clientes, além de apostar na inteligência artificial e na cibersegurança.