Os transportes rodoviários da Área Metropolitana de Lisboa (AML) serão reduzidos para corresponder à frequência com que circulam durante as férias escolares, na sequência do anúncio, pelo Governo, de encerramento das escolas a partir desta sexta-feira, anunciou a AML.
Num comunicado, a AML anunciou que a decisão do Governo de encerramento de todos os estabelecimentos escolares “implicará a natural tomada de medidas de ajuste relativamente aos serviços de transporte público prestados” na AML, que serão de caráter provisório e ajustadas à procura e “às necessidades de segurança, atendendo à presente conjuntura” pandémica.
A oferta de transportes será ajustada à que corresponde ao período não escolar, “de acordo com a realidade específica de cada carreira”, realçou.
A AML salientou que, como autoridade de transportes, irá articular-se com os operadores “para identificar quais os serviços de transporte público essenciais, que terão de manter-se em funcionamento”.
Os operadores devem, “se necessário, proceder ao reajuste e desdobramento dos serviços, no sentido de assegurar a oferta nos períodos de maior procura, como o período de ponta da manhã e da tarde”, acrescentou.
Deverão ter ainda em conta alternativas de transportes em todas as localidades, “com especial atenção para aquelas que não dispõem de outras alternativas de transporte fora do período escolar” e para as carreiras que servem os equipamentos de saúde, designadamente hospitais.
A AML realçou também que continuará a ser acautelado um máximo de dois terços da lotação do veículo no transporte dos passageiros, assim como as medidas de higienização previstas no plano de contingência.
Os ajustes concretos aos horários podem ser consultados nos sítios na internet e outros canais de comunicação dos operadores Rodoviária de Lisboa, TST -Transportes Sul do Tejo, Scotturb, Vimeca, Isidoro Duarte, JJ Santo António, Henrique Leonardo Mota e Barraqueiro – Boa Viagem e Barraqueiro – Mafrense.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira o encerramento das escolas de todos os níveis de ensino durante 15 dias, a partir desta sexta-feira, para tentar travar os contágios pelo coronavírus detetado pela primeira vez no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
De acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde, em Portugal morreram 9.686 pessoas diagnosticadas com Covid-19, dos 595.149 casos de infeção confirmados.