Estamos na reta final de janeiro, um dos dois momentos do ano consagrados àquele que é o expoente máximo da criação de moda, a alta-costura. Durante quatro dias, grandes ateliers como Chanel e Dior mostraram o resultado de milhares de horas de trabalho. Sem público, os desfiles da temporada são agora vistos à distância por todos, sem exceção.

Com a pandemia de Covid-19 a atingir novos picos em todo o mundo, não é só o espetáculo da passerelle que se molda. Uma paragem abrupta na agenda social, eventos e celebrações fez recolher a passadeira vermelha. Há exceções — Regina King nos Emmys, Lady Gaga nos MTV VMAs e Dua Lipa na sua passagem pelo talk show de Graham Norton, em novembro –, embora o papel da alta-costura vá além do guarda-roupa das celebridades em eventos públicos.

Cabe-lhe medir o pulso da arte e dos artesãos e ainda tentar antecipar os tempos que estão por vir. Da promessa de festa deixada pelos vestidos Armani à celebração íntima e familiar proposta pela Chanel, passando pela consciência ambiental que Iris van Herpen trouxe para o centro do seu trabalho e pelo minimalismo surpreendente com que nos brindou a Valentino, é a moda a perspetivar o amanhã e a alertar para as prioridades de hoje, sempre com os olhos postos na beleza.

Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.