A Fórmula 1 deve mesmo regressar a Portugal e ao Autódromo Internacional do Algarve já no próximo mês de maio. A notícia foi avançada pelo site especializado Motorsport, que garante que a decisão final será anunciada esta quinta-feira, depois da reunião da Comissão da Fórmula 1.
Na notícia, o meio brasileiro indica ainda que a decisão de substituir o cancelado Grande Prémio da China com o Grande Prémio de Portugal chegou a estar em risco nas últimas semanas, devido ao evidente agravamento da pandemia em território português — tendo sido ainda ponderada uma dupla ronda no Bahrain. Ainda assim, e depois de reuniões persistentes nos últimos dias entre a Fórmula 1, a organização da corrida e o Autódromo Internacional do Algarve, foi alcançado um entendimento sobre a situação pandémica do país e o Mundial acabou por dar luz verde ao regresso da prova rainha do desporto automóvel a Portimão.
Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 foi o segundo mais visto de 2020
Assim, Portugal deve mesmo ocupar a vaga que ainda persiste no calendário do Mundial 2021, a 2 de maio, ficando também garantido que a competição arranca com o Grande Prémio do Bahrain, a 28 de março, seguido do Grande Prémio de Imola, a 18 de abril. A decisão final deve ser comunicada esta quinta-feira, depois da tal reunião da Comissão da Fórmula 1, que também vai discutir o congelamento dos motores a partir de 2022 e a possibilidade de testar o formato de corridas sprint em 2021, em substituição das habituais rondas de qualificação.
O regresso da Fórmula 1 a Portugal, porém, não surge sem complicações adicionais. As restrições à circulação impostas principalmente pelo Reino Unido, que colocam o país numa “lista vermelha” que torna obrigatória uma quarentena de 10 dias para qualquer pessoa que passar por território português, vão dificultar as viagens de pilotos, equipas e elementos do paddock, que podem passar mais tempo afastados de casa por não poderem regressar.
Fórmula 1 revê calendário para 2021 e não inclui o Algarve: mas ainda existe uma hipótese
A organização da Fórmula 1 divulgou durante o mês de janeiro os novos planos para o Mundial que arranca no próximo mês de março e anunciou a inclusão de Imola, o circuito italiano que também estava na calha para receber novamente a Fórmula 1, mas não do percurso português. O novo calendário confirmou o adiamento do Grande Prémio da Austrália — que seria o primeiro do Campeonato do Mundo, já em março, e que passa para novembro devido às restrições às viagens associadas à pandemia. O que quer dizer que o Mundial vai começar uma semana mais tarde do que o previsto, a 28 de março, e com o Grande Prémio do Bahrain, e que as datas das corridas no Brasil, na Arábia Saudita e em Abu Dhabi também mudaram. Contudo, o calendário continuava então com uma vaga por fechar: a do GP da China, que não deve mesmo acontecer devido ao crescimento exponencial dos números da Covid-19 na Europa. É aqui, nesta corrida marcada para o dia 2 de maio e que ficou dependente das conversações com a organização chinesa, que o Autódromo Internacional do Algarve deve entrar novamente na equação.