O Autódromo Internacional do Algarve não está no calendário revisto pela Fórmula 1 para a temporada 2021. A organização da modalidade divulgou esta terça-feira os novos planos para o Mundial que arranca no próximo mês de março e anunciou a inclusão de Imola, o circuito italiano que também estava na calha para receber novamente a Fórmula 1, mas não do percurso português.

Assim, o novo calendário confirma o adiamento do Grande Prémio da Austrália — que seria o primeiro do Campeonato do Mundo, já em março, e que passa para novembro devido às restrições às viagens associadas à pandemia. O que quer dizer que o Mundial vai começar uma semana mais tarde do que o previsto, a 28 de março, e com o Grande Prémio do Bahrain, e que as datas das corridas no Brasil, na Arábia Saudita e em Abu Dhabi também mudaram. Contudo, o calendário continua com uma vaga por fechar: a do GP da China, que ainda não está confirmado devido ao crescimento exponencial dos números da Covid-19 na Europa. É aqui, nesta corrida agora marcada para o dia 2 de maio e que ainda está dependente das conversações com a organização chinesa, que o Autódromo Internacional do Algarve pode entrar novamente na equação.

Algarve pode voltar a receber Fórmula 1 já em maio: GP da Austrália praticamente adiado, etapa chinesa em risco de ser cancelada

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“Devido às atuais restrições às viagens, o Grande Prémio da China não vai decorrer na data planeada [11 de abril], com Imola a regressar ao calendário da Fórmula 1 nessa vaga. As discussões com o promotor e as autoridades chinesas estão a decorrer, existindo a possibilidade de reagendar a corrida para mais tarde na temporada, se possível. A corrida por confirmar será anunciada em breve e vai ter lugar numa nova data, a 2 de maio”, pode ler-se no comunicado da Fórmula 1, que refere ainda que este Mundial vai manter o número recorde de 23 corridas, ou seja, não está em cima da mesa a hipótese de cancelar simplesmente o GP da China e não encontrar substituto.

A nota da organização do Campeonato recorda ainda que, em 2020, a Fórmula 1 foi “o primeiro desporto verdadeiramente internacional a recomeçar depois da pandemia de Covid-19”. “Apesar de a experiência adquirida e as medidas sanitárias estabelecidas nos terem colocado numa boa posição para 2021, a situação atual no que toca à Covid-19 significa que não é exequível começar a temporada em Melbourne. A boa notícia, porém, é que o Grande Prémio da Austrália vai agora decorrer de 18 a 21 de novembro, depois de um acordo entre a Fórmula 1 e as autoridades australianas que demonstra a importância da corrida na Austrália para a Fórmula 1 e para os parceiros em Melbourne”, continua o comunicado, assinado pelo presidente e CEO Stefano Domenicali, que também apresenta explicações sobre a incerteza face ao GP da China.

“Tem sido um início de ano atribulado na Fórmula 1 e estamos contentes por poder confirmar que o número de corridas planeadas para a temporada mantém-se inalterado. A pandemia global ainda não permitiu que a vida voltasse ao normal, mas mostrámos em 2020 que podemos correr com segurança e que temos a experiência e os planos certos para corresponder na nova temporada. É uma ótima notícia o facto de já termos conseguido concordar numa nova data para o Grande Prémio da Austrália, em novembro, e vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros chineses para encontrar uma solução para correr lá em 2021″, termina, deixando a ressalva de que a situação pandémica permanece “fluida” mas que o objetivo e a esperança da Fórmula 1 é ver “o regresso dos fãs às bancadas” ainda este ano.