O epidemiologista norte-americano Anthony Fauci assegurou que, em abril, todos os cidadãos dos Estados Unidos poderão receber a vacina contra a Covid-19, graças à aceleração da produção e às melhorias na distribuição. “Quando chegarmos a abril […] será aberta a temporada, no sentido de que, virtualmente, todas as pessoas de qualquer categoria social poderão ser vacinadas“, declarou Fauci, assessor científico do Presidente norte-americano, Joe Biden, numa entrevista ao programa televisivo Today, da cadeia NBC.
De qualquer forma, Fauci sublinhou que a imunidade de grupo só poderá alcançar-se “no fim de verão”. Segundo divulgou o Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano, os Estados Unidos já alcançaram uma taxa de vacinação de 10%, depois de 33,7 milhões de cidadãos terem recebido pelo menos uma das 44,7 milhões de doses administradas.
Fauci reconheceu, porém, que um dos problemas é o “ceticismo” face à eficácia da vacina, salientando ser “importante” reafirmar a segurança do medicamento. Os ex-Presidentes norte-americanos Barack Obama (2009/2017), George W. Bush (2001/2009) e Bill Clinton (1993/2001) já se manifestaram dispostos a serem vacinados diante das câmaras de televisão, numa iniciativa para promover a confiança entre a população.
O Presidente Joe Biden prometeu que a sua administração vai conseguir vacinar com a primeira dose nos primeiros 100 dias de governo (até 30 de abril) 150 milhões de pessoas. Dados do CDC indicam que foram já administradas 23,4 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech, enquanto a da Moderna, a segunda a ser autorizada no país, já permitiu inocular 21,1 milhões de doses.
A Administração de Biden espera que a aprovação de novas vacinas possa aumentar o número diário de vacinação, aguardando-se ainda para este mês que possa ser autorizada, com caráter de emergência, a produzida pela Johnson & Johnson, que, segundo um estudo da empresa farmacêutica, tem uma eficácia de 66% na prevenção de doenças moderadas a graves associadas à Covid-19.
Os Estados Unidos são o país mais afetado do mundo pelo novo coronavírus, com mais de 27 milhões de casos e cerca de 470 mil mortes, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.