Com controlo sobre as finanças da cantora desde 2008, Jamie Spears viu esta sexta-feira negado o seu pedido para exercer, em exclusivo, a tutela sobre a fortuna da filha, avaliada em cerca de 60 milhões de dólares. No tribunal de Los Angeles, o juiz determinou agora que Jamie deverá partilhar a gestão dos bens de Britney com a empresa de fundos fiduciários Bessemer Trust, entidade apontada pela juíza Brenda Penny em novembro e que assume agora igual poder na tutela das suas finanças. A referida empresa já ocupava a posição de corresponsável pela tutela, dividindo agora a tutela com Jamie, de forma equitativa.
Esta é uma vitória parcial para Britney Spears que já no final do ano passado havia demonstrado o desejo de que o pai deixasse de controlar a sua fortuna, chegando mesmo a garantir que não voltaria a atuar enquanto tal decisão não fosse tomada pelo juiz. Jamie continua a ser responsável pelas gestão da fortuna da filha, mas já não o faz a título exclusivo nem principal.
Espera-se agora que Jamie Spears, de 68 anos, trabalhe em conjunto com a Bessemer Trust na definição de orçamentos e investimentos para a fortuna da cantora. A luta judicial de Britney, atualmente com 39 anos, para retirar o seu pai do regime de tutela deverá continuar. O regime foi renovado até setembro deste ano, mas o caso terá uma nova audiência no dia 17 de março.
A decisão conhecida hoje resulta de uma audiência que teve lugar na última quinta-feira, no tribunal de Los Angeles. O local tem sido palco da contestação de dezenas de fãs da cantora e de apoiantes do movimento #FreeBritney. Segundo este movimento, Britney Spears continua injustamente a ver-se privada de controlar os próprios bens e defende ainda a falta de base legal para a manutenção da tutela, bem como o aproveitamento financeiro por parte do pai. Posição que se popularizou no último fim de semana, após a estreia do documentário “Framing Britney Spears”, produzido pelo The New York Times.