O Governo britânico anunciou este domingo que pretende dar a todos os adultos a primeira vacina contra a covid-19 até 31 de julho, um mês antes da data prevista.
Os novos objetivos anunciados preveem também que todas as pessoas com mais de 50 anos ou com determinadas doenças tenham sido vacinadas até dia 15 de abril, ou seja, duas semanas antes do prazo inicial, que era 01 de maio, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).
As farmacêuticas que produzem as duas vacinas que os britânicos estão a utilizar — Pfizer e AstraZeneca — tiveram problemas de distribuição para o mercado europeu, mas o Governo britânico diz ter a situação resolvida.
“Nós agora pensamos ter fornecimento suficiente” para acelerar o plano de vacinação previsto para o país, afirmou hoje o secretário de estado inglês Matt Hancock, citado pela AP.
O país contabilizou até ao momento mais de 120 mil mortes associadas à covid-19, o valor mais elevado a Europa.
Mais de 17,2 milhões de pessoas, o que equivale a quase um terço dos adultos do país, já recebeu a primeira de duas doses da vacina, no âmbito da campanha de vacinação que começou a 8 de dezembro do ano passado.
Em Inglaterra, o Governo decidiu espaçar até 12 semanas o período entre a primeira e a segunda doses da vacina, com o objetivo de conseguir proteger parcialmente mais gente.
A opção tem sido criticada por alguns países e pela própria Pfizer, que diz não ter dados suficientes que suportem o adiamento da segunda vacina, mas tem sido apoiada por cientistas locais.
As noticias sobre a atualização do plano de vacinação surgem depois de o primeiro-ministro Boris Johnson ter estado reunido com ministros para finalizar o mapa com as próximas regras de confinamento, que serão anunciadas segunda-feira.
Perante uma nova variante do vírus que se diz ser mais contagiosa e mortal, os britânicos passaram parte do inverno sob fortes regras de confinamento, que obrigaram ao encerramento de restaurantes, bares, ginásios, cabeleireiros e todas as lojas de comércio não essencial.
Segundo o Governo, a reabertura será lenta, não sendo previsível a reabertura do comércio de bens não essenciais antes de abril.
A 8 de março, algumas crianças poderão regressar à escola assim como os idosos voltam a receber visitas.