A quantidade de óleo de palma que São Tomé e Príncipe exportou em 2020 (4.882 toneladas) foi o dobro da do cacau exportado (2.431 toneladas), mas quase metade em termos de valor monetário, segundo as estatísticas oficiais.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística de São Tomé e Príncipe, em 2020, e pela primeira vez, o cacau deixou de ser o produto mais exportado, tendo sido ultrapassado pelo óleo de palma.

Contudo, o valor das exportações não acompanhou o da quantidade, uma vez que as 2.431 toneladas de cacau exportado representaram 142,8 milhões de dobras (moeda nacional), ou seja, cerca de 5,8 milhões de euros, enquanto as 4.882 toneladas de óleo de palma exportado valeram 78,9 milhões de dobras (cerca de 3,2 milhões de euros).

A primeira unidade industrial de produção de óleo de palma em São Tomé e Príncipe começou a sua produção em dezembro de 2019, com uma capacidade para produzir 10.000 toneladas anuais de óleo de palma, através da empresa Agripalma, que tem capital belga (88%) e do Estado são-tomense (12%).

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Em 2019, o país tinha exportado 523,9 toneladas de óleo de palma, no valor de 11.649.500 dobras (cerca de 475.702 euros).

Dos 5.000 hectares para o cultivo industrial de palma de óleo de palma definidos no acordo de concessão, estão atualmente ocupados 2.100 hectares.

Em relação ao cacau, o produto “rei” de São Tomé e Príncipe, a sua exportação baixou de 2.734,8 toneladas em 2019 para 2.431,7 toneladas em 2020.

O óleo de palma é produzido da polpa do fruto da palma. Com um baixo custo de produção e um leque variado de aplicações — alimentos, detergentes, combustível, entre outros — é cada vez mais procurado, levando à plantação de vastos palmeirais, muitos deles em substituição das florestas autóctones, com custos para a flora e a fauna que nelas tinham o seu habitat.

A esmagadora maioria das plantações estão situadas na Ásia, nomeadamente na Indonésia (43,5 milhões de toneladas de óleo de palma produzidos anualmente) e a Malásia, 19,5 milhões.