É uma boa notícia ensombrada por uma má notícia, como resumiu o presidente da associação de diretores escolares de Madrid. Esta segunda-feira, pelo menos 91 professores da comunidade de Madrid faltaram às aulas, sem aviso prévio, depois de terem sido imunizados contra a Covid-19 com a vacina da AstraZeneca, escreve o El Pais.

“É uma pena que boas notícias como a vacinação dos professores sejam feitas de forma tão mal feita, de forma apressada e improvisada, e no final acabe por ser um problema”, disse o presidente da Associação de Diretores dos Institutos da Comunidade de Madrid (Adimad), Esteban Álvarez León, citado por vários jornais espanhóis.

A comunidade de Madrid deu início, na sexta-feira passada, à vacinação em massa dos docentes e muitos deles foram inoculados durante o fim de semana. Na segunda-feira, dezenas de professores sentiam os efeitos secundários, como febre, e não conseguiram ir trabalhar, não tendo tempo de avisar as escolas para se prepararem para a sua ausência. O caso, vivido na cidade de Leganés, município de Madrid, foi denunciado pela Federação de Associações de Pais e Mães de Alunos (FAPA) Giner de los Ríos.

Já as Comissões Operárias (CCOO), confederação sindical espanhola, dizem que a situação seria evitável se os professores de um mesmo estabelecimento tivessem sido vacinados em dias diferentes. É “uma notícia muito boa”, mas é “lamentável que esta alegria seja obscurecida pela má gestão” do governo regional de Isabel Díaz Ayuso, devido “à confusão, à opacidade e improvisação “, afirmou a secretária-geral do CCOO de Enseñanza de Madrid.

“Agrupamentos inteiros foram convocados sem se considerar que haveria baixas generalizadas, enquanto que em agrupamentos vizinhos ninguém foi vacinado”, acusou Isabel Galvín.

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