Na Nova Zelândia, um grupo de cientistas que estuda tubarões descobriu que as espécies tubarão kitefin, tubarão-lanterna-barriga-preta e tubarão-lanterna-do-sul brilham no escuro, devido à bioluminescência. O tubarão Kitefin é o maior vertebrado luminoso conhecido até agora, podendo ter até 2 metros de comprimento.
Estas espécies vivem num intervalo de profundidade que pode ir desde os 200 metros até aos 1000 metros, onde a luz do sol não consegue chegar. Por esse motivo, esta zona escura é chama de zona mesopelágica ou crepuscular, de acordo com The Guardian.
O tubarão-Kitefin, ao contrário das outras espécies, não tem de se preocupar com os predadores, tendo poucos ou até mesmo nenhuns. A sua alimentação baseia-se principalmente em pequenos tubarões e peixes, assim como crustáceos e cefalópodes. A sua bioluminescência pode ser usada quase como uma ‘lanterna’ para procurar alimento ou até mesmo como um mecanismo de defesa, caso haja alguma presa interessada, mas seriam necessários mais estudos para confirmar qualquer destas hipóteses.
Foi observado “um brilho azul” nas espécies, na completa escuridão do mar. A bioluminescência, também chamada de “luz viva”, é a produção de luz visível por organismos vivos. Resulta de “uma reação bioquímica; uma oxidação de um substrato, uma luciferina, por uma enzima, a luciferase, ou por meio de um complexo estabilizado denominado de fotoproteína”, revela o artigo publicado na revista Frontiers in Marine Science
No século XIX já havia algumas menções da luz dos tubarões, mas só recentemente é que os estudos sobre a bioluminescência estão a ser desenvolvidos, com foco no controlo fisiológico e na morfologia e função do fotóforo. Cada fotóforo é composto por uma camada em forma de “copo” de células pigmentadas que encapsulam desde uma a mais de doze células fotogénicas.