O ator José Raposo toma posse como presidente da Casa do Artista, na próxima segunda-feira, rendendo o pianista José Cabeleira, que dirigiu a instituição, nos últimos oito anos, foi hoje divulgado.
José Raposo, de 58 anos, que presidirá nos próximos quatro anos, toma posse numa altura em que o surto de Covid-19, registado em janeiro, está dominado, não havendo casos ativos entre os residentes ou profissionais da instituição, como disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Os novos corpos foram eleitos no passado dia 18 de janeiro e, entre os que tomam posse, figura Paulo Dias, das produções UAU, como tesoureiro, e o ator Luís Aleluia, como secretário. Tomam posse também, na direção, como vogais, Sofia Grillo, Conceição Carvalho, Frederico Corado, Rui Veloso, Luís Alberto, Helena Vieira e Natália Luiza.
O cineasta Lauro António presidirá à mesa da Assembleia geral, para a qual tomam também posse a cantora Simone de Oliveira, o atual diretor técnico no Casino Estoril, Otávio Clérigo, o músico Carlos Alberto Moniz e a atriz Isabel Damatta. O novo Conselho Fiscal é presidido por Carlos Gonçalves e integra ainda João Silva Santos, Fátima Bernardo, Bruno Felício, António Miguens e Carlos V. Almeida.
Os novos dirigentes da Casa do Artista, que se situa na freguesia lisboeta de Carnide, propõem, “como estratégia primeira, uma aposta no digital, nas exposições temporárias, na galeria de arte, bem como na programação do Teatro Armando Cortez“, que faz parte do complexo da instituição, segundo comunicado enviado à agência Lusa.
Como missão, esta nova direção visa apoiar e dignificar todos aqueles que exerceram, ou ainda exercem, funções relacionadas com a atividade dos espectáculos, pretendendo desenvolver actividades relacionadas com a cultura, ao mesmo tempo que é mantido o apoio social aos sócios”, lê-se no mesmo comunicado.
Os novos dirigentes pretendem “juntar mais e mais pessoas que trabalham nas diferentes áreas do espetáculo, aumentar o movimento e dinamizar a identificação de todos os artistas e técnicos com [a] Casa, abrindo-a à sua pertença para que [aí] se sintam refletidos e valorizados, mantendo a sua matriz humana”.
A atriz Manuela Maria, que desde a fundação da Casa, em 1999, fez parte de todas as direções, não participa em nenhum dos novos órgãos que tomam posse na segunda-feira, pelas 16:00.
A Casa do Artista, além de residência para artistas e do Teatro Armando Cortez, conta com uma Escola/Academia, um espaço de restauração, uma biblioteca, um espaço expositivo, onde, entre outras, esteve patente uma exposição de fotografia dos fundadores, que incluiu Alda Pinto, Alberto Villar, Carmen Dolores, Raul Solnado, Armando Cortez e Alina Vaz.
Em janeiro último, a Casa do Artista enfrentou um surto de Covid-19, que vitimou, entre outros, a atriz Adelaide João e a cançonetista Maria José Valério.
Desde o início do surto, segundo fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, registaram-se 11 óbitos de residentes na instituição. Atualmente, segundo a mesma fonte contactada pela Lusa, não existem casos ativos entre os residentes ou profissionais da instituição. No final de fevereiro, a Casa do Artista somava perto de 70 residentes e 30 funcionários.