A vacinação de professores, auxiliares e outro pessoal não docente de escolas, jardins de infância e creches, públicos e privados, vai mesmo arrancar no próximo fim de semana, o de 27 e 28 de março, mas vai parar logo no seguinte, para ser retomada apenas no segundo fim de semana de abril, já depois da Páscoa, confirmou ao Observador fonte oficial da task force que coordena o processo de inoculação contra a Covid-19 em Portugal.
A 27 e 28 de março será vacinado o pessoal docente e não docente do 1.º ciclo do ensino básico e do pré-escolar; no fim de semana de 10 e 11 de abril será a vez de funcionários de creches, atividades de enriquecimento curricular (AEC), 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário.
Estes dois fins de semana, ao longo dos quais deverão ser vacinadas 280 mil pessoas (prevê-se que o prazo possa ser prolongado, se for necessário), têm sido apresentados como um primeiro teste para o modelo de vacinação em massa mas, segundo a mesma fonte, serão apenas mais “dois testes maiores”, uma vez que o processo de vacinação dos centros criados para o efeito já tem vindo a ser utilizado e posto à prova com a inoculação de idosos acima dos 80 anos e de doentes com patologias de risco.
Quanto ao processo de vacinação massiva propriamente dito, não deverá estar em marcha se não no final do próximo mês. “Estima-se que o ritmo aumente, de forma mais regular, a partir de finais de abril, altura em que haverá maior disponibilidade de vacinas”, explicou, em respostas enviadas por escrito, a task force de vacinação ao Observador.
O objetivo é chegar, “gradualmente”, à média diária de 100 mil inoculações por dia, assim a quantidade de vacinas disponíveis o permita, sendo que a dita vacinação em massa “deverá prolongar-se por um período mínimo de cerca de três ou quatro meses”.
De acordo com a mesma fonte, até ao final de junho, deverão chegar a Portugal 8,8 milhões de doses, produzidas pelas quatro farmacêuticas cujas vacinas foram já aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos:
- Pfizer: 4.137.503
- Moderna: 794.968
- AstraZeneca: 1.600.000
- J&J: 1.248.828
À medida que as vacinas forem chegando, os postos de vacinação convencionais e os centros de vacinação Covid entretanto improvisados em estruturas maiores, disponibilizadas pelas autarquias, vão adaptar funcionamento e horários às necessidades, acrescentou ainda fonte da task force, sem detalhar quantos profissionais de saúde vão estar envolvidos na operação nem durante quantas horas por dia serão administradas vacinas.