O comentador da SIC, Luís Marques Mendes, anunciou esta noite de domingo que a partir da segunda quinzena de abril chegará a vacina da  Johnson and Johnson a Portugal. São 1,250 milhões de doses desta vacina de toma única, o que significa que permitirá vacinar 1 milhão e 250 mil portugueses no próximo trimestre. Marques Mendes disse também que no próximo fim de semana começa a ser posto em prática um plano de vacinação em massa de cerca de 200 mil pessoas, entre eles professores.

“A ideia é que isto seja uma experiência do futuro para vacinação em massa”, disse Marques Mendes, que adiantou que este plano está previsto já para o próximo fim de semana e para o depois da Páscoa, e que será já uma experiência piloto para depois quando chegarem as vacinas da Johnson and Johnson. As 1,250 milhões doses integram um pacote total de 4,5 milhões de doses que chegarão até ao fim deste ano de 2021.

Uma semana de avanços e recuos na vacina

“Um filme de terror”. Foi assim que Luís Marques Mendes descreveu a última semana em que se garantiu a fiabilidade a vacina da AstraZeneca para horas depois a suspender e, três dias mais tarde, a reintegrar no plano de vacinação contra a Covid-19, com uma avaliação da da Agência Europeia do Medicamento pelo meio.

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As autoridades portuguesas comportaram-se de acordo com aquela expressão popular “Maria vai com as outras”, disse o antigo líder do PSD. Para Marques Mendes estes avanços e recuos, mais não revelaram do que descoordenação, com a maioria dos países a suspenderem a vacina, enquanto outras a mantinham em “autogestão”. Os porta vozes da União Europeia pareiam uma “barata tonta” com ameaças ao Reino Unido, ameças nas exportações e “sem concretizar nada”. “Tudo isto é completamente irracional”, disse, defendendo que era necessário agora “repor a confiança” na vacia da AstraZeneca /Oxford.

O social democrata lembrou também que Portugal conseguiu passar do pior para o melhor a nível de número de infeções na União Europeia. Mas que esses números não devem ser um sinal de alívio. É preciso atentar “ªas variantes que estão aí são as mais contagiosas” e que as consequência desta semana só sentem daqui a uns dias, lembrou depois de mostrar um gráfico que mostra que na primeira semana de desconfinamento os casos de infeção, internamentos e mortes baixaram em relação à semana anterior. Mas com o índice de transmissibilidade a começar a subir.

As autárquicas e a maçonaria

Sobre as eleições autárquicas, Mendes lembrou a importância dos resultados em Lisboa no percurso político de Fernando Medina: se perder, o PS também perde e pode mesmo haver uma crise política. Se ganhar, “dá um salto” e pode, quem sabe, vir mesmo a ser o candidato presidencial do PS em 2026.

Marques Mendes disse ainda subscrever as iniciativas legislativas do PSD e do PAN conhecidas esta semana — que propõem que todos os titulares de cargos políticos digam a que organizações pertencem, como a Maçonaria ou a Opus Dei. “Esse secretismo só gera suspeitas”, diz, lembrando que quem segue um percurso político deve ser claro e transparente e que, por isso, é também obrigado a revelar as suas contas bancárias e o seu património no Tribunal Constitucional. “Por que não divulgar também as Associações a que pertence?”, pergunta, mesmo tendo em conta que por detrás destas iniciativas poderão estar interesses políticos.