A Juventude Social-Democrata (JSD) colocou esta quarta-feira um cartaz no centro de Lisboa com um contador das semanas que passaram desde o início do ano letivo, “altura em que António Costa tinha prometido que todos os alunos teriam acesso a computadores”. O cartaz foi colocado à tarde no Marquês do Pombal, com o contador nas 27 semanas, e irá sendo atualizado.

O objetivo é recordar o primeiro-ministro, António Costa, sobre o tempo que já passou desde o início do ano letivo, altura em que os computadores deviam ter sido entregues a todos os alunos, segundo uma promessa do primeiro-ministro feita em abril de 2020″, refere a ‘jota’ em comunicado.

O presidente da JSD, o deputado Alexandre Poço, apelou ao Governo para que “cumpra a promessa que fez aos alunos e aos pais”. “Este é mais um apelo à ação, em vez de continuarmos com propaganda e anúncios atrás de anúncios”, referiu. No ‘outdoor’ da JSD, António Costa segura num computador portátil onde se contam 27 semanas desde o início do atual ano letivo, 2020/2021.

A JSD recorda que, em setembro, colocou perguntas ao ministro da Educação que se mantêm: “Quando é que o primeiro-Mmnistro e o ministro da Educação conseguem prever a chegada dos computadores a todos os estudantes? Conseguem garantir a conclusão da distribuição ainda neste ano letivo?”.

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No passado dia 10 de março, o Governo anunciou já ter distribuído, através do programa Escola Digital, 100 mil computadores e ter mais 350 mil em processo de aquisição.

Nessa ocasião, o secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, não se comprometeu com prazos, dizendo que estes estavam dependentes de fatores que não são totalmente controláveis, nomeadamente, a escassez devido à “enorme procura” de todos os países.

Em 11 de abril do ano passado, em entrevista à Lusa, o primeiro-ministro afirmou que no atual ano letivo haveria acesso universal dos alunos dos ensinos básico e secundário à Internet e a equipamentos informáticos, considerando que este investimento avultado era essencial face aos riscos de pandemia.

Assumimos um objetivo muito claro: Vamos iniciar o próximo ano letivo assegurando o acesso universal à rede e aos equipamentos a todos os alunos dos ensinos básico e secundário”, declarou António Costa.