De acordo com a Reuters, a Stellantis, resultante da fusão dos grupos PSA e FCA, está a preparar-se para reforçar a aposta nos veículos electrificados e 100% eléctricos, tanto mais que esta é a única forma de cumprir os limites de emissões de dióxido de carbono (CO2) previstos para 2025, evitando as multas desencorajadoras que os acompanham. Se hoje a Stellantis conta com 29 modelos, entre eléctricos e electrificados, o objectivo é elevar a fasquia para 40 destes veículos com menores emissões de CO2 até final do ano, o que implica um salto considerável e em linha com o reivindicado pelo Grupo Volkswagen e Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
Para o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, a ausência de rivais directos do VW ID.3 – o compacto eléctrico que representa o grupo alemão no segmento C, o que mais vende no mercado europeu – é uma oportunidade que importa explorar. Daí que, entre os novos modelos mais amigos do ambiente planeados pela Stellantis, figurem as versões eléctricas do Peugeot 308 e do Opel Astra.
Avançar com uma versão eléctrica do 308 será fácil, uma vez que a plataforma que utiliza é do tipo multi-energia, que permite numa solução de compromisso receber motores de combustão e unidades eléctricas e respectivas baterias, sem contudo optimizar esta última alternativa.
O que precisa saber sobre o novo Peugeot 308 (em três pontos)
O actual Astra não permite esta possibilidade, uma vez que a plataforma ainda é do tempo da General Motors. Daí que seja necessário esperar pela introdução prevista para 2021 do novo Astra, com plataforma PSA, que é como quem diz Stellantis, necessariamente similar à que utiliza o novo 308. Só então será possível ter um Astra 100% eléctrico.