No primeiro trimestre de 2021 o preço médio de venda de imóveis para habitação cresceu 17,4% em Portugal, face ao mesmo período do ano passado, enquanto o preço de imóveis para escritórios caiu, refere um relatório divulgado esta quarta-feira.
Segundo o relatório de análise do mercado imobiliário nacional relativo aos primeiros três meses deste ano, apesar da situação de pandemia, os preços do imobiliário no segmento residencial continuaram a apresentar um crescimento gradual, ao mesmo tempo que o número de imóveis disponível para venda aumentou 87,8%.
No período em análise, a oferta de casas para arrendar mais do que duplicou, registando uma subida de 101,1%, face ao mesmo trimestre de 2020, levando a uma queda de 9,4% no valor das rendas, para os 842 euros.
De acordo com o relatório, todos os distritos de Portugal, à exceção de Viseu, que registou uma quebra de 0,88%, assistiram a um aumento dos preços médios do imobiliário no período em análise.
Destaca-se o distrito de Braga, a registar a maior subida, com um crescimento de 18,6%, e Aveiro, com uma subida de 15,2%.
Lisboa continua a ser o distrito com o preço médio de venda mais elevado, 353 mil euros.
Os concelhos de Lisboa, Cascais e Oeiras destacam-se como os mais caros da Grande Lisboa, tanto a nível de preços médios de venda como em termos de preços médios de arrendamento. Foi também Lisboa que teve maior crescimento do número de imóveis disponíveis para venda, mais 166,6%, enquanto Castelo Branco foi o único distrito a registar uma quebra.
No que toca ao arrendamento, todos os distritos registaram aumentos do número de imóveis disponíveis para arrendar.
O relatório, elaborado pela plataforma de tecnologia de dados imobiliários CASAFARI, apresenta ainda uma análise ao segmento não residencial, com destaque para os escritórios. Neste segmento, os dados da Casafari apontam para “efeitos mais acentuados devido às novas tendências impulsionadas pela pandemia, como o teletrabalho, com os preços dos escritórios a recuarem e, em sentido inverso, com a oferta disponível para arrendamento a registar aumentos de até 34,5%”.