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O grito de revolta de Trent acabou com o fantasma de Anfield: Liverpool vence em casa para a Premier pela primeira vez em 2021

Este artigo tem mais de 3 anos

Liverpool começou a perder, empatou na segunda parte e deu a volta nos descontos, com um grande remate de Alexander-Arnold (2-1). Reds somaram primeira vitória em casa para a Premier League em 2021.

Liverpool v Aston Villa - Premier League
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O jovem lateral garantiu a vitória já nos últimos instantes, com um remate de fora de área

Getty Images

O jovem lateral garantiu a vitória já nos últimos instantes, com um remate de fora de área

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O Liverpool perdeu a meio da semana, em Espanha e contra o Real Madrid, e está em desvantagem na eliminatória dos quartos de final da Liga dos Campeões. Apesar disso, e apesar dos dois golos que Vinícius marcou nesse jogo, grande parte do rescaldo da partida europeia esteve relacionada com o sítio onde foi disputada. Ou seja, com o Estádio Alfredo Di Stéfano, em Valdebebas, que tem servido como casa do Real Madrid enquanto o Santiago Bernabéu está em obras.

“É verdade que temos vindo a jogar em estádios vazios, mas isto é algo completamente diferente. É um campo de treinos. É como se tivéssemos visitado o Manchester United e jogássemos no centro de treinos deles. Isto é completamente diferente de tudo aquilo que já vi”, disse Jürgen Klopp, cujas declarações acabaram criticadas até por Ronald Koeman, treinador do Barcelona, que defendeu que o alemão “desprestigiou” o Real Madrid. Ora, ainda assim, a grande resposta ao técnico do Liverpool surgiu por intermédio de Jorge Valdano, histórico jogador dos merengues e da seleção argentina que é até hoje uma das figuras mais respeitadas do universo do clube.

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“Não se joga ali para tirar vantagem competitiva, mas porque é preciso para acelerar as obras que farão do Bernabéu um estádio futurista e à altura da sua história. Na próxima vez que o Liverpool visitar Madrid, aquele que irá parecer um campo de treinos, em contraste, será Anfield. Para manter a grandeza, meu Klopp que tanto admiro, há que atualizar-se. Ninguém é mais prejudicado que o Real Madrid por jogar em Valdebebas, porque o Bernabéu é imponente para qualquer visitante, mesmo sem adeptos. O Liverpool foi uma equipa quebradiça, com erros individuais que valeram golos, longe da energia competitiva que o fizeram ser temível nos últimos anos. Em suma, uma apresentação que não mereceu um palco melhor”, atirou Valdano, que acabou por iniciar uma espécie de revolta merengue que será importante na decisiva segunda mão em Anfield, já a meio da próxima semana.

Ora, de regresso a Inglaterra e de regresso à Premier League, a meio da tal eliminatória europeia, o Liverpool recebia este sábado o Aston Villa, com quem perdeu por 7-2 na primeira volta — e tentava novamente encerrar um registo terrível em casa em 2021, já que ainda não tinha conseguido ganhar em Anfield para o Campeonato desde o início do ano civil e levava seis derrotas consecutivas. Klopp fazia apenas duas alterações à equipa que perdeu com o Real Madrid, mantendo a titularidade de Diogo Jota mas deixando Mané no banco, apostando em Roberto Firmino, e trocando Keita por James Milner no meio-campo. Do outro lado, existia uma ausência e era a maior possível: Jack Grealish, a grande figura da equipa de Dean Smith, está lesionado e falhava a visita ao Liverpool.

Numa primeira parte veloz e disputada a um ritmo interessante, a primeira ocasião mais perigosa pertenceu a Salah, que rematou cruzado já na grande área para uma boa defesa de Emiliano Martínez (5′). O Aston Villa jogava com as linhas elevadas e procurava pressionar alto, de forma a explorar as costas da defesa dos reds, mas o Liverpool mantinha um natural ascendente que lhe permitia construir quase todos os lances a partir da zona do meio-campo. Nessa movimentação ofensiva, Diogo Jota era previsivelmente instrumental e ficou perto do golo à passagem a meia-hora, com um cabeceamento por cima na sequência de um canto (32′). O avançado português recuava muitas vezes, aproximando-se do meio-campo, e não só arrastava defesas adversários para deixar Salah mais solto como desenhava os lances com a cabeça levantada, a partir de um espaço que muitas vezes fazia parecer que funcionava como uma espécie de playmaker.

O grande problema do Liverpool, que era também o grande filão que o Aston Villa tentava explorar, eram os erros na saída de bola: que Trézéguet quase aproveitou, num lance em que rematou rasteiro para defesa de Alisson depois de uma recuperação em zona adiantada (36′). E foi precisamente assim, já depois de Salah voltar a ficar perto de marcar com um remate por cima após um desequilíbrio de Firmino na esquerda (36′), que os villains abriram o marcador. Os reds perderam a bola ainda no próprio meio-campo, a equipa de Dean Smith lançou um contra-ataque muito rápido e McGinn assistiu Watkins no corredor central com um passe vertical; o avançado inglês, na cara de Alisson, atirou rasteiro e abriu o marcador, numa jogada em que o guarda-redes brasileiro acaba por ter uma abordagem infeliz (43′).

O Liverpool chegou ao golo ainda antes do intervalo mas o lance acabou anulado pelo VAR: Jota recebeu na esquerda e Firmino marcou depois de um primeiro remate de Robertson mas o vídeoárbitro considerou que o avançado português estava fora de jogo na altura em que recebeu a bola (45+2′). Assim, no final da primeira parte, os reds desceram aos balneários a perder muito graças à terrível eficácia do Aston Villa — que se distinguia das oportunidades desperdiçadas pela equipa de Klopp, que não deixou de ser claramente melhor nos 45 minutos iniciais.

Nenhum dos treinadores fez substituições no arranque da segunda parte e o jogo manteve uma lógica semelhante àquela que teve durante todo o primeiro tempo, em que o Liverpool tinha mais bola e mais presença no meio-campo adversário e o Aston Villa atuava à espera do erro dos reds. A ganhar, com as linhas naturalmente mais baixas, os villains foram encostando cada vez mais à baliza de Martínez e não conseguiam aliviar a asfixia que o Liverpool ia implementando, com oportunidades consecutivas e a jogar quase sempre no último terço adversário. Assim, e antes ainda de estar cumprida uma hora de jogo, o empate acabou por chegar.

Milner solicitou Jota na esquerda e o avançado português tocou para Robertson, que rematou cruzado para boa defesa de Martínez; na recarga, no sítio certo e à hora certa, Salah encostou de cabeça para a baliza deserta e empatou (57′), repondo alguma justiça no resultado — e marcando o primeiro golo do Liverpool em casa em 2021 sem ser de grande penalidade. O jogo mudou depois do golo do egípcio, já que o Aston Villa voltou a procurar o ataque e soltou as amarras, partindo o encontro e tornando as dinâmicas muito mais abertas. Nesta altura, Trézéguet acertou no poste da baliza de Alisson, na sequência de uma assistência de Watkins (62′), e provou desde logo que a luta pelo resultado ia desenrolar-se até ao apito final.

Dean Smith foi o primeiro a mexer, ao trocar Nakamba por Ross Barkley, e fez a segunda substituição logo de seguida com a entrada de El Ghazi para o lugar de Traoré. Klopp respondeu com Thiago Alcântara, que rendeu Wijnaldum, e o jogo foi acalmando e tornando-se menos característico à medida que se aproximava do final. E muito perto do fim, mesmo já com Mané e Shaqiri em campo, acabou por ser Trent Alexander-Arnold a decidir: numa jogada de insistência, depois de uma oportunidade inicial de Thiago, o lateral tirou um grande remate de fora de área (90+1′) e deu a primeira vitória em casa do Liverpool para a Premier League em 2021.

Em abril, os reds conseguiram finalmente ganhar em Anfield, igualaram à condição o West Ham no quarto lugar da classificação e agarraram a maior motivação para a segunda mão europeia contra o Real Madrid. Tudo, graças ao grito de revolta de Alexander-Arnold — que não foi convocado para a seleção inglesa e este sábado, com o selecionador Gareth Southgate na bancada, apresentou o cartão de visita para estar presente no Euro 2020.

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