A Índia registou um recorde de 234.692 novas infeções e o segundo maior número de mortes nas últimas 24 horas, enquanto as autoridades aumentaram as restrições em estados no norte do país.

O país registou este sábado o maior número de casos em 24 horas, depois de ultrapassar na quinta-feira a barreira das 200 mil infeções pela primeira vez desde o início da pandemia, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde da Índia.

As 1.341 mortes registadas nas últimas 24 horas devido à Covid-19 também estão entre os números mais altos de óbitos no país, tendo apenas sido superadas em 16 de junho com 2.006 mortes diárias.

A Índia é o segundo país mais afetado pela pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos, e está a passar por uma segunda onda vertiginosa.

O número total de casos do novo coronavírus no país asiático desde o início da pandemia totaliza 14,5 milhões, enquanto as mortes ascenderam a 175.649.

Diante do aumento contínuo de casos, Nova Deli impôs um confinamento ao longo do fim de semana, bem como o encerramento de academias e restaurantes até ao final do mês, para controlar a pandemia.

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Outros Estados, como o Maharashtra (oeste), o mais afetado pela pandemia com 63.729 infeções nas últimas 24 horas, já endureceram as restrições e o Governo de Uttar Pradesh (norte) impôs na sexta-feira um confinamento de 36 horas.

Mas, à medida que mais regiões tentam limitar a propagação do vírus com regras mais rígidas, as imagens de milhões de peregrinos reunindo-se na cidade de Haridwar para participar num festival hindu causaram polémica no país.

A festa do Kumbh Mela é a maior e uma das mais antigas celebrações religiosas do mundo, em que milhões e peregrinos tomam banho nas águas do rio Ganges.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse hoje numa mensagem publicada na rede social Twitter que “o Kumbh agora deve ser simbólico. Isso ajudará à luta contra esta crise”.

Enquanto isso, a Índia continua com a sua campanha de vacinação e desde o início de janeiro foram administradas 119,9 milhões de doses, das quais três milhões nas últimas 24 horas.