Sete semanas no top 30, 71 semanas no top 40, 109 semanas no top 50. Um total de 334 semanas no top 100 do circuito ATP. João Sousa, o melhor tenista português de todos os tempos, foi tendo um caminho regular na elite da modalidade, com a conquista de três torneios ATP pelo meio (o último em Portugal, no ano de 2018), mas os problemas físicos e a falta de confiança foram quebrando essa trajetória até um ponto onde, no último mês, saiu pela primeira vez do ranking dos 100 melhores. Era no Estoril Open, em casa e num court onde teve uma das semanas mais memoráveis da carreira, que procurava reencontrar-se. Essa era pelo menos a aposta.

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“Em qualquer torneio que entro tenho ambições em vencer e sei que jogando a um bom nível tenho grandes chances de o fazer. Infelizmente, nos últimos tempos, tenho tido mazelas físicas que não me permitiram estar a 100%. Essas mazelas estão a ficar para trás, estou a subir o meu nível e espero que esta semana seja um ponto de viragem”, comentava antes do arranque do torneio o jogador vimaranense, que iria curiosamente estrear-se contra Cameron Norrie, britânico que estava em 58.º do ranking e que era companheiro de pares do português. “Ele é um excelente jogador e está a fazer um grande ano”, acrescentou. E foi isso que se confirmou.

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Depois da derrota no primeiro jogo de pares frente a Austin Krajicek e Oliver Marach, com os parciais de 6-7 (7-4), 6-4 e 11-9, João Sousa perdeu também na estreia no quadro de singulares do principal torneio português, perdendo em dois sets com os parciais de 6-1 e 6-3. Na ronda seguinte, o britânico terá pela frente o espanhol Pedro Martínez, com o vencedor dessa partida a encontrar de seguida Cristian Garín ou Richard Gasquet.

Depois de ter começado a partida a salvar logo dois break points no arranque, João Sousa não conseguiu evitar o domínio de Cameron Norrie durante o set inicial, que fechou com o parcial de 6-1. Essa série de vitórias seguidas prolongou-se para o set seguinte, com o britânico a chegar ao 3-0, o português a dar tudo para resistir ainda no encontro salvando quatro breaks para fazer o 3-1, a conseguir de seguida o primeiro jogo em branco no seu serviço que fez o 4-2, a forçar mais erros do adversário mas a não conseguir impedir o triunfo de Cameron Norrie por 6-3, num encontro que foi mais longo na parte final e terminou em quase uma hora e meia.