O FC Porto voltou na manhã desta terça-feira a deixar duras críticas à arbitragem de Hugo Miguel e à atuação do vídeoárbitro António Nobre no empate dos azuis e brancos em Moreira de Cónegos frente ao Moreirense, que deixou a equipa a seis pontos da liderança a cinco jornadas do final, falando em três grandes penalidades que terão ficado por assinalar e até do golo anulado a Toni Martínez por fora de jogo, em período de descontos, naquilo que considerou ser “um grave atentado à verdade desportiva” que falseia a classificação.
“O Moreirense-FC Porto de ontem [segunda-feira] pode muito bem ser explicado através de um único lance: ao minuto 81, Francisco Conceição foi atropelado na área do Moreirense. O árbitro Hugo Miguel nada assinalou. O videoárbitro António Nobre, confortavelmente instalado, com acesso a imagens que não deixam margem para qualquer dúvida, não interveio. Um penálti indiscutível ficou por marcar – em linha com o que já se tinha passado antes e com o que ainda viria a acontecer depois”, começa por lamentar a newsletter portista.
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no programa Sem Falta da Rádio Observador]
“O que torna este lance ilustrativo do que foi a globalidade do jogo que terminou empatado a uma bola é, por isso, o facto de não ter sido caso único. A última jogada do encontro, uma falta sobre Luis Díaz cometida já dentro da área, resultou apenas em livre direto. E muito mais haveria a discutir, desde um toque de Abdoulaye na perna de Pepe, também dentro da área, num lance em que o central do Moreirense não jogou a bola, até à fiabilidade da colocação de linhas para descortinar um alegado fora de jogo de dez centímetros – que invalidou o 1-2 marcado por Toni Martínez já depois dos 90 – num estádio com as características do de Moreira de Cónegos”, aponta, falando no golo invalidado ao avançado espanhol no mesmo campo onde também o Sporting tinha visto um remate certeiro de Pedro Gonçalves anulado por apenas dois centímetros.
“O que se passou ontem [segunda-feira], por azar ou incompetência do árbitro e, especialmente, do videoárbitro, foi um grave atentado à verdade desportiva, que teve como consequências diretas a perda de dois pontos pelo FC Porto e o alargamento para seis da distância para o primeiro classificado. Não há cortina de fumo que o possa mascarar: a atual classificação da Liga é uma mentira”, concluiu o texto dos azuis e brancos.