A atual vogal da SIRESP SA Sandra Neves vai assumir a presidência da empresa que gere a rede de comunicações do Estado quando sair o atual presidente, Manuel Couto, anunciou esta quarta-feira o ministro da Administração Interna.
Na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi ouvido a pedido do CDS-PP, Eduardo Cabrita disse aos deputados que o general Manuel Couto, no cargo há mais de um ano, ainda está “plenamente em funções” e que pediu para “cessá-las por razões pessoais”.
Ministro da Administração Interna explica futuro do SIRESP no parlamento
O ministro, que não avançou datas sobre a saída de Manuel Couto da SIRESP SA, indicou que a atual vogal Sandra Neves vai assumir a presidência da empresa que gere a rede de comunicações de emergência do Estado. “Não há aqui qualquer surpresa. É aliás quem tem acompanhado o plano técnico deste processo”, precisou Eduardo Cabrita.
Em relação ao cargo de vogal que vai ficar vago, o ministro disse que “vai ser proposta a nomeação do coronel Pedro Patrício que segue há bastante tempo as questões ligadas ao funcionamento desta rede de comunicações de emergência”. Para ficar completa a composição do conselho de administração da SIRESP SA, falta o Ministério das Finanças indicar o vogal pelo pelouro financeiro.
Manuel Couto está na empresa desde dezembro de 2019, quando o Estado comprou por cerca de sete milhões de euros a parte dos operadores privados, Altice e Motorola, no SIRESP, ficando com 100%. Desde essa altura que o Estado tem um contrato com os operadores privados para fornecer o serviço até junho deste ano. Eduardo Cabrita anunciou nesta quarta-feira que a Parceria Público-Privada (PPP) do SIRESP “não será renovada” em 30 de junho e os contratos não vão ser prorrogados nos moldes atuais.
Depois dos incêndios de 2017, quando foram públicas as falhas no sistema, foram feitas várias alterações ao SIRESP, passando a rede a estar dotada com mais 451 antenas satélite e 18 unidades de redundância elétrica.