Um ataque bombista perto de uma escola em Cabul, capital do Afeganistão, matou este sábado pelo menos 40 pessoas e causou ferimentos a algumas “dezenas”. A informação é noticiada pela Agência Reuters, que indica ainda, citando uma “fonte sénior” do ministério do Interior do país, que a maioria das vítimas foram “alunas” da escola.

O Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, já imputou o ataque — cuja autoria não foi ainda reivindicada — aos rebeldes islâmicos talibãs, que deverão negar a autoria. “Os talibãs, ao escalarem a sua violência e guerra ilegítimas, mostraram novamente que não só estão relutantes em resolver a crise atual de forma pacífica e definitiva como também que querem complicar a situação”, acusou Ashraf Ghani.

Um porta-voz do ministério do Interior, Tariq Arian, chegou a dizer inicialmente que o ataque tinha provocado “32 feridos” mas o número será maior. O número de mortos inicialmente avançado (30), por exemplo, foi impreciso e pecou por defeito e sabe-se já que mais de 40 pessoas foram transportadas para o hospital.

A escola em que aconteceram as “múltiplas explosões” do ataque bombista é uma escola secundária para os dois sexos, ainda que com frequência dividida em três turnos — o segundo dos quais exclusivo a estudantes do sexo feminino.

A bomba explodiu no bairro de maioria xiita de Dasht-e-Barchi, que tem sido frequentemente atacado pelo Estado Islâmico ao longo dos anos, o que cria dúvidas sobre quem terá sido realmente o autor do ataque.

A capital afegã está em alerta máximo desde que os Estados Unidos disseram no mês passado que iriam retirar todas as suas tropas até ao próximo 11 de setembro.

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