Os juros da dívida estão ainda em valores historicamente baixos, mas a última emissão de Obrigações do Tesouro, esta quarta-feira, já reflete o ambiente que se vive na zona euro, com impacto na fatura que o Estado paga por pedir emprestado. Segundo o jornal Público, esta última ida ao mercado vai custar cerca de 80 milhões de euros a mais em juros do que custaria se a operação tivesse sido realizada em Janeiro.

O Tesouro pediu emprestados 551 milhões de euros para devolver a 10 anos e outros 699 milhões de euros a 15 anos, com taxas de juro entre 0,505% e 0,841%, valores que significam um maior custo para o Estado.

Em Janeiro, como lembra o Público, as taxas suportadas foram mais baixas em cinco décimas — Portugal emitiu dívida a 10 anos com uma taxa negativa de 0,012% e a 15 anos com taxa de 0,319%.

O jornal sublinha que esta subida está a ser motivada pela expectativa de regresso da inflação. Os preços estão a subir nos EUA e os sinais de retoma mais robusta em vários países fazem os mercados pensar que o BCE pode acabar mais cedo com os estímulos à economia europeia.

Procura de emissão de dívida a 30 anos ultrapassa 34.000 milhões de euros, um máximo de sempre

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