Ao longo das 24 horas de esta quinta-feira, 13 de maio, as autoridades de saúde portuguesas identificaram mais 450 pessoas infetadas pelo novo coronavírus mas não reportaram nenhuma morte no país. A informação surge no boletim divulgado esta sexta-feira pela Direção Geral da Saúde.
Este foi o segundo dia do mês em que não se registou qualquer morte de alguém infetado com coronavírus em Portugal. O primeiro dia de maio em que não se registaram mortes foi o dia 2, um domingo, tendo a informação sido reportada pela DGS (como habitualmente) no dia seguinte.
Em abril a inexistência de vítimas mortais ao longo de 24 horas tinha-se verificado em dois dias: a 25 de abril (informação difundida no boletim reportado no dia seguinte, 26) e a 29 de abril, como adiantado pela DGS nos dados publicados a 30.
Estes números significam que nas últimas três semanas — de 26 de abril a 14 de maio —, não foram reportadas em Portugal quaisquer mortes relacionadas com o coronavírus em quatro dias distintos.
O registo contrasta com a maioria dos meses desde a chegada da pandemia da Covid-19 em Portugal. Raramente se verificaram ao longo de um só mês dois dias ou mais sem óbitos por Covid-19. Desde o pós-verão do ano passado, aliás, que um mês não tinha dois ou mais dias sem registar vítimas mortais.
R(t) volta a subir, mas continua abaixo de 1. Incidência desce
O R(t) — índice de transmissibilidade —, que era de 0,92 no continente e 0,93 a nível nacional, subiu: está agora em média a 0,95 em território continental e em média a 0,95 na totalidade do território nacional.
Já a incidência desceu. O número de casos de infeção por 100 mil habitantes era 48,7 no continente e 51,0, em média, no país (continente e ilhas). Agora passou a 48,1 no continente e 50,3 no país.
Os novos dados referentes ao índice de transmissibilidade da infeção — o número de pessoas que em média cada infetado contagia — e à prevalência da pandemia na população são atualizados pela DGS a cada dois dias, tendo sido divulgados no boletim de esta sexta-feira.
Norte e LVT concentram 2/3 das novas infeções; Centro, Alentejo e Algarve apenas 19%
As regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo concentram quase 35% (298) dos 450 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal. Isso significa que duas em cada três novas infeções detetadas em Portugal (continente e ilhas) foram identificadas nestas duas regiões.
A zona do território nacional onde foram detetados mais novos casos de infeção no país foi a região Norte, onde foram identificadas 157 novas infeções. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, onde foram reportados 141 novos infetados.
Na região da Madeira foram detetadas mais 34 infeções, no Algarve 32, nos Açores e no Alentejo 29 e na região Centro 28. As ilhas concentram atualmente 15% — 15 em cada 100 — novas infeções, ao passo que o Centro, Alentejo e Algarve, que somados têm muito mais habitantes, concentram apenas 19% dos novos casos.
Mais 73 casos do que na sexta-feira passada
Face ao mesmo dia da última semana, o número de casos aumentou nas últimas 24 horas. Na última sexta-feira, 7 de maio, o boletim da DGS reportava 377 novos casos. Passada uma semana, o boletim da DGS reporta agora 450 novas infeções — mais 73 do que há uma semana.
O aumento é sintomático de uma semana com uma média de casos diários ligeiramente mais alta do que na semana antecedente. Ao longo dos últimos sete dias, o número de casos novos detetados em 24 horas foi em média 361. Há uma semana, na sexta-feira de 7 de maio, o registo referente aos 7 dias anteriores era de 337 casos em média por cada dia.
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Terceiro dia consecutivo com subida de casos ativos. Ainda assim, desceu face à anterior 6.ª
O número de casos ativos de infeção subiu (ainda que ligeiramente) pelo terceiro dia consecutivo em Portugal. O número de casos ativos representa o número de pessoas que são dadas como clinicamente infetadas de momento, o que exclui quer os que já estiveram infetados mas resistiram e recuperaram da infeção quer os que já estiveram infetados e se tornaram vítimas mortais da Covid-19.
Existem agora 22.095 pessoas atualmente infetadas em Portugal, mais 126 do que na contabilização feita 24 horas antes. Ainda assim, ao longo dos últimos sete dias o número de pessoas infetadas em Portugal desceu globalmente.
Se esta sexta-feira o boletim da DGS refere que estão atualmente infetadas 22.095 pessoas no país, o boletim divulgado na sexta-feira da última semana identificava 22.421 casos ativos (mais 326).
Assim, apesar de o número de casos diários ter sido em média ligeiramente superior esta semana, o número de recuperados subiu mais significativamente e faz com que Portugal tenha hoje menos infetados do que há sete dias.
Menos 8 pessoas nos hospitais, mas mais 2 em cuidados intensivos
Às 00h de esta sexta-feira, estavam hospitalizadas em Portugal 236 pessoas. Entre novas entradas e saídas, estavam internadas menos oito pessoas do que à mesma hora da véspera — havendo assim uma diminuição da ocupação hospitalar.
Em contraponto, o número de internados em unidades de cuidados intensivos de hospitais portugueses teve um ligeiro aumento: às 00h estavam nestas alas hospitalares 72 pessoas, mais duas — entre novas entradas e saídas de UCI — do que 24 horas antes.
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Mais 324 pessoas recuperaram da infeção
Ao longo das últimas 24 horas, 324 pessoas foram dadas como clinicamente recuperadas da infeção. O número é inferior ao número de novos casos de infeção detetados (450), mas contrasta com o número de pessoas que nas últimas 24 horas não resistiram ao SARS-CoV-2: nenhuma.
Já o número de “contactos em vigilância”, isto é, de pessoas que não tendo um teste de diagnóstico de saúde estão a ser monitorizadas pelas autoridades de saúde — por terem tido algum tipo de contacto com a infeção — diminuiu. Às 00h de esta sexta-feira existiam 18.967 pessoas monitorizadas e “em vigilância”, menos 144 do que na contabilização feita 24 horas antes.