Um grupo de 18 reputados cientistas pede que seja investigada a verdadeira origem da pandemia, considerando que a teoria da libertação acidental do vírus em laboratório não está ainda completamente descartada.

Entre os cientistas que fazem este apelo numa carta dirigida esta sexta-feira à revista Science estão Ravindra Gupta, microbiologista clínico da Universidade de Cambridge, e Jesse Bloom, que estuda a evolução dos vírus no Centro de Pesquisa do Cancro Fred Hutchinson. ”

As teorias de libertação acidental de um laboratório permanecem viáveis”, afirmam na carta enviada à Science.

Os investigadores criticam mesmo a informação da Organização Mundial da Saúde e da China que há meses concluiu que a hipótese de o vírus ter sido libertado acidentalmente em laboratório era “extremamente improvável”, e que o mais provável é que tivesse havido transmissão de um animal. Mas os 18 cientistas refutam e dizem que não há provas desta teoria e que a hipótese do acidente no laboratório foi recusada, e apenas referida em quatro das 313 páginas do relatório final, dando a entender que foi desvalorizada.

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Também o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, já tinha dito em finais de março que esta hipótese teria que ser melhor investigada, até porque o Instituto de Virologia de Wuhan está a 14 quilómetros do mercado onde tudo começou.

Agora estes pedem uma investigação mais profunda e independente e “transparente e objetiva”, lê-se na carta a que o Observador teve acesso.

Cientistas encontram provas de que não, o novo coronavírus não foi feito em laboratório