A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) fez esta segunda-feira um minuto de silêncio em memória da atriz Maria João Abreu, que morreu na quinta-feira, e propôs que o seu nome seja atribuído a uma rua, equipamento ou espaço da cidade.
Na reunião plenária da AML, os deputados municipais aprovaram, por unanimidade, o voto de pesar apresentado pelo CDS-PP para “prestar homenagem” à atriz e “endereçar aos filhos, restante família e seus admiradores, as mais sentidas condolências”.
No documento é ainda proposta a atribuição do nome de Maria João Abreu “na toponímia da cidade ou num equipamento e espaço que honre a sua memória e legado“.
Maria João Abreu. A “atriz preferida do público” que soube esperar pelo papel principal
Atriz plurifacetada tornou-se um fenómeno da televisão, mas nunca se deixou deslumbrar, nem abandonou a sua grande paixão, o teatro de revista, o teatro popular. A sua bondade e generosidade, a par da forma genuína como conquistava o público, tocou todos”, lê-se no voto de pesar.
A atriz estava internada no Hospital Garcia de Orta, em Almada, na sequência de um aneurisma cerebral que sofreu no dia 30 de abril, durante as gravações da telenovela “A Serra”. Maria João Abreu foi submetida a intervenções cirúrgicas e ficou em coma induzido, acabando por morrer na quinta-feira.
Nascida em Lisboa, em 14 de abril de 1964, Maria João Gonçalves Abreu Soares iniciou a carreira profissional no teatro, em 1983, quando, com 19 anos, se estreou profissionalmente no Teatro Maria Matos, no musical “Annie”, de Thomas Meehan, dirigido por Armando Cortez.
Morreu a atriz Maria João Abreu após sofrer um aneurisma. Tinha 57 anos
A televisão foi o meio em que mais trabalhou e que lhe deu maior visibilidade, tendo participado em mais de 60 programas, entre telefilmes, séries e telenovelas.
No cinema, trabalhou com Jorge Silva Melo, João Mário Grilo, António-Pedro ou Vicente Alves do Ó, entre outros, com destaque para o seu papel em “A Mãe É que Sabe” (2016), de Nuno Rocha. Na sessão desta terça-feira, a AML aprovou ainda votos de pesar pela morte do militar de Abril Diniz de Almeida, que comandou as tropas no RALIS, em Lisboa, na resposta ao golpe do 11 de março de 1975.