Um explosão nas oficinas da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário), no Entroncamento, fez esta manhã quatro feridos, confirmou o Observador junto do Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém.
As quatro vítimas apresentam queimaduras, uma está em estado crítico, outra em estado grave e as restantes duas apresentam ferimentos leves. Todas foram encaminhadas para o Hospital de Abrantes.
Em declarações à TVI, o presidente da Câmara do Entroncamento, Jorge Faria, explicou que a explosão aconteceu no ato da colagem de vinis a quente. “Não houve incêndio, foi coisa momentânea e os trabalhadores que estavam nessa zona de trabalho foram atingidos”, disse. O ferido em estado crítico vai ter de ser transportado de helicóptero para a unidade de queimados em Coimbra.
O alerta foi dado às 10h51 e no local chegaram a estar 14 bombeiros, elementos PSP e INEM, numa operação suportada ao todo por nove veículos. A desmobilização total aconteceu às 12h04.
“Houve uma deflagração, possivelmente motivada pela acumulação de gases de cola, da qual resultaram quatro feridos: um crítico, um grave e dois ligeiros”, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários do Entroncamento, Rodrigo Bertelo, à agência Lusa.
De acordo com Rodrigo Bertelo, os feridos crítico e grave têm “queimaduras de 2.º e 3.º grau em 60% a 70% do corpo, sendo que um deles, provavelmente, tem também queimaduras nas vias aéreas”. Segundo o comandante, as vítimas estavam a “fazer trabalhos de colagem de chão em vinil numa composição de um comboio” quando se deu a explosão.
Em comunicado, a Comboios de Portugal (CP) fez saber que “foi já iniciado o processo de averiguação das causas que terão estado na origem deste lamentável acidente”.
A empresa indicou ainda que “está a acompanhar, a todo o momento, a evolução do estado de saúde destes trabalhadores” e disponibilizou “todo o apoio necessário”.
Neste âmbito, lamentou “profundamente” o sucedido e reforçou o seu compromisso com a segurança e bem estar dos seus colaboradores.
