Leiria vai voltar a ter um festival de música — e outras artes — este verão. Depois de adiado em 2020 devido à Covid-19, o festival A Porta voltará a acontecer este ano, nos três primeiros fins-de-semana de julho. A confirmação foi dada esta segunda-feira pela organização, que começou a desvendar o cartaz e o programa de concertos da edição.

Garantindo “um alinhamento e ocupação de espaço adaptados às novas circunstâncias que se vivem no país”, em comunicado enviado à imprensa, a organização do festival promete que o evento “voltará a agregar a música, a criação colaborativa e a ativação de espaços e memórias comuns através da cultura”. O festival vai espalhar-se por vários dias: começa nos dias 2, 3 e 4 de julho, prossegue a 9, 10 e 11 desse mês e termina a 16, 17 e 18.

O cartaz ainda não está fechado mas já existem primeiras confirmações musicais. O festival irá acolher concertos de artistas e grupos como os Sensible Soccers, os Sunflowers e os Yakuza. Vão também atuar o violinista Samuel Martins Coelho, a harpista Angélica Salvi, a cantora e compositora Arianna Casellsa, a “experimentadora vocal” Ece Canli, o instrumentista Braima Galissá, Herlander e, estes últimos em colaboração, Dada Garbeck (projeto musical ancorado no jazz do vimaranense Rui Souza) com o baterista Ricardo Martins.

Os primeiros nomes avançados do cartaz, naquela que será a sexta edição do festival, revelam uma aposta notória na música portuguesa independente — uma opção que também decorrerá da dificuldade em assegurar a ida a Leiria de artistas de outras latitudes geográficas, devido às restrições de viagens e à dificuldade dos músicos em assegurar digressões internacionais em 2020. O festival, no entanto, em boa parte já ancorava a sua programação na comunidade artística e musical portuguesa.

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A organização vinca que as bandas e os artistas portugueses vão tocar “em palcos integrados com as paisagens e o património do concelho, diversificando não só a oferta cultural e a singularidade dos eventos, mas também a articulação entre património natural e cultural”.

Aos concertos soma-se ainda um ciclo de cinema documental no qual serão exibidos três filmes do cineasta e jornalista freelancer Pedro Neves: Os Esquecidos (2009), Acima das Nossas Possibilidades (2014) e Tarrafal (2016). A organização promete ainda que à “música” e “criação artística” o programa vai juntar “conversas” e atividades “para famílias”. O cartaz, musical e não musical, continuará a ser revelado nas próximas semanas.

Na sua última edição, em 2019, o festival tinha acolhido concertos de Mdou Moctar, Manel Cruz, JP Simões, Bruno Pernadas, First Breath After Coma, Julinho da Concertina, Captain Casablanca, Whales e João Pais Filipe, entre outros.

Esta cidade quer ver as bandas passar: afinal, o que é que Leiria tem?