As linhas de apoio do Programa de Cooperação Ibero-americana Ibermúsicas estão, pela primeira vez, abertas a músicos portugueses, depois de Portugal ter aderido no ano passado ao programa, elevando para 14 os países integrados.

Num comunicado esta quarta-feira divulgado, a Direção-Geral das Artes (DGArtes) anuncia que “as linhas de apoio do Programa de Cooperação Ibero-Americana Ibermúsicas, para projetos que decorram em 2022, acabam de ser anunciadas”.

“A recente adesão de Portugal a este Programa (em dezembro de 2020, sob proposta da Direção-Geral das Artes) vai permitir aos músicos portugueses a apresentação de candidaturas”, lê-se no comunicado. A adesão de Portugal elevou a 14 os países integrados atualmente no programa: Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela.

A DGArtes e o Instituto Camões são as entidades responsáveis pela operacionalização deste programa em Portugal e o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, é o representante português no Conselho Intergovernamental e, este ano, integra o Comité Executivo Ibermúsicas.

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“Com vista ao apoio a projetos que decorram em 2022, este ano foi aprovada pelo Conselho Intergovernamental a Linha de Apoio ao Setor Musical na Modalidade Virtual — apresentação de candidaturas até 1 de outubro — e as vertentes de Prémios Ibermúsicas de Composição e Estreia de Obras 2021 e de Criação de Canções 2021 — com apresentação de candidaturas, respetivamente, até 1 de outubro e 17 de setembro”, refere a DGArtes, remetendo mais informações para o ‘site’ www.ibermusicas.org, onde estão também disponíveis os formulários de candidatura.

A contribuição anual de Portugal para este programa, de 120 mil euros, é suportada pelos ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros, através da DGArtes e do Instituto Camões.

Aquando do anúncio da adesão de Portugal ao programa, os dois ministérios, num comunicado conjunto, salientaram que o programa foi criado “com o objetivo de fomentar a presença e o conhecimento da diversidade musical Iberoamericana“.

“Esta adesão, recentemente formalizada junto da Secretaria Geral Ibero-Americana, vai permitir aos músicos portugueses a apresentação de candidaturas às linhas de apoio previstas no concurso Convocatorias de ayudas Ibermúsicas que, entre outras áreas de intervenção, apoiam, por exemplo, a mobilidade dos músicos, bolsas de estudos para residências artísticas, prémios de criação para canções populares e trabalhos académicos”, lia-se no comunicado.

A promoção de edições musicais e discográficas, e a publicação de partituras de compositores ibero-americanos estão também entre as prioridades do programa.