Com o primeiro semestre do ano a aproximar-se do fim, continua a intensificar-se o lançamento de discos novos — que deverá desacelerar, este ano ainda assim um pouco menos do que nos anteriores, nos meses de verão.
Em maio, tal como em janeiro, fevereiro, março ou abril, o menu musical de novos discos foi variado. Na seleção do Observador, que escolhe uma canção como exemplar de cada álbum ou EP (mini-álbum) que nos prendeu a atenção, há espaço para o indie-rock, ramificações da fok e do country, jazz, hip-hop e música eletrónica, para a música cantada e para a música instrumental, para novos valores da música portuguesa e internacional e para bandas e artistas consolidados.
O mês ficou marcado, inevitavelmente, pelo regresso aos discos de St. Vincent (nome artístico da cantora e compositora Annie Clark), figura de proa da música alternativa norte-americana que regressou aos álbuns com o disco Daddy’s Home, uma coleção de canções inspirada nas sonoridades dos anos 70 e nos géneros do funk e da soul.
A playlist destaca ainda os novos discos da banda dinamarquesa Iceage (Seek Shelter), um álbum de versões de David Bowie intitulado Modern Love, o novo disco do prodígio tuaregue da guitarra elétrica Mdou Moctar (Afrique Victime), um álbum em que o grupo Black Keys homenageia a tradição dos blues (Delta Kream), o EP que marcou o regresso da britânica Jorja Smith às canções novas (Be Right Back) e o regresso aos discos de uma das figuras mais proeminentes da última década do hip-hop americano, J. Cole (com The Off-Season).
Na música portuguesa, o mês de maio trouxe consigo discos de relevo como bpm, de Salvador Sobral, Por Este Rio Abaixo, de Pedro Mafama, Reservado (um EP), de Euclides, Chegou, dos Bateu Matou, Flagship, dos Império Pacífico, Certain Rivers, de Old Jerusalem e Life, de Sean Riley & The Slowriders.
Há espaço, também, para a inclusão de canções de álbuns póstumos (There is No End, de Tony Allen, e Exodus, de DMX) e para diferentes facetas modernas do jazz e de estéticas próximas, em VWETO III de Georgia Anne Muldrow, Back to The Future dos Sons of Kemet, Purest Form de James Francies, More Energy Fields, Current de Carlos Niño & Friends, Another Land do veterano Dave Holland e Other Worlds de Joe Lovane e Dave Douglas.
O melhor talvez seja mesmo ouvir e descobrir o melhor da música nova que se vai fazendo nos campos da música popular e do jazz.