Após um mês em que o índice de transmissibilidade não apresentou qualquer descida, a Direção-Geral da Saúde indicou esta segunda-feira a primeira redução. O R(t), ou seja, o número de pessoas que alguém pode infetar num determinado período, passou de 1,08 para 1,07, o valor que Portugal teve nos boletins entre 26 de maio e 2 de junho. Sem contar com as regiões autónomas, a redução é mais acentuada, passando de 1,11 para 1,08.
No entanto, no outro indicador de risco usado pelas autoridades de saúde e pelo Governo para determinar o ritmo de desconfinamento — a taxa de incidência de novos casos a 14 dias — a tendência de subida mantém-se. Desta vez, de 69,8 por cada 100 mil habitantes para 72,2, o número mais elevado desde 21 de abril (então 72,7). E no continente subiu de 67,5 para 70,6.
Estes indicadores são atualizados três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.
O número de casos registados no boletim desta segunda-feira (388) é inferior ao do mesmo dia da semana passada, 31 de maio, (435), mas supera o registo de 24 de maio (241).
Por região, Lisboa e Vale do Tejo teve 206 dos 388 casos de infeção registados no último dia, ou seja, 53,1% de todo o país. Seguem-se Norte (93), Algarve (32), Açores (26), Centro (18), e Alentejo (13). A Madeira não teve qualquer caso identificado no boletim desta segunda-feira.
Uma vez que o número de recuperações (+277) fica aquém dos novos casos, o número de casos ativos volta a subir (+109), atingindo 23.824, o número mais elevado desde 26 de abril.
O boletim desta segunda-feira traz ainda más notícias sobre os internamentos. São mais 26 do que no dia anterior, elevando o total de camas ocupadas com doentes Covid para 291, o valor mais alto desde 5 de maio. Na altura, estavam internados 297 doentes.
Já em relação aos cuidados intensivos, depois de um aumento de sete no último dia, estas unidades têm agora um total de 59 doentes graves, o número mais elevado desde 22 de maio (quando também foram registados os mesmos 59 doentes). Na última semana, este indicador tinha ficado sempre entre os 50 e os 53 doentes.
Os valores máximos nestes dois indicadores foram atingidos a 1 de fevereiro (6.869 doentes internados em simultâneo) e 5 de fevereiro (904 doentes em unidades de cuidados intensivos).
As duas mortes registadas no boletim desta segunda-feira são referentes a uma mulher entre os 50 e os 59 anos e a um homem na casa dos 60 anos. Uma das mortes teve lugar em Lisboa e Vale do Tejo. A outra no Norte.