Os trabalhadores do Casino de Lisboa, que encerrou por imposição do Governo, tendo em conta a situação da pandemia na capital, acusam o Estado de “preconceito” em relação ao setor.
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa dos Empregados de Banca de Casinos (APEBC), Gonçalo Portela, critica a decisão do Governo, plasmada na Resolução do Conselho de Ministros nº. 74-A/2021 e que levou ao encerramento da atividade de jogo em Lisboa.
Grande parte dos rendimentos dos trabalhadores, neste caso, do Casino de Lisboa, 50% ou mais, são dados pelas gratificações do jogo”, recorda.
Com o encerramento do casino “não há esse tipo de rendimentos”, lamenta, recordando que esta profissão é das poucas “que pagam uma taxa liberatória ao Estado”, ou seja, “há impostos pagos sobre estas gratificações”.
O responsável estima que o encerramento prejudique cerca de 150 pessoas.
“O Estado nunca nos deu rigorosamente nenhum apoio”, lamenta Gonçalo Portela, garantindo que as concessionárias estarão em conversações para algum tipo de ajuda, que pode passar pela redução da carga fiscal.
“O Estado tem preconceito em relação aos trabalhadores dos casinos”, garante, salientando ainda que o Casino “era o sítio mais seguro de Lisboa”, com os protocolos de segurança levados ao extremo.
A associação admite agora convocar uma manifestação na próxima semana em frente à Assembleia da República para contestar o encerramento do Casino.
O Casino de Lisboa deu conta do encerramento esta sexta-feira, na sua página do Facebook.