“Se é assim que vive a III República, eu também acho que Eduardo Cabrita devia ser decapitado!”. A publicação no Facebook feita em maio valeu a André Ventura, o deputado único do partido Chega, restrições na utilização daquela conta na rede social – limitações que vão vigorar por 24 horas.

A informação foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada pelo próprio ao Observador. André Ventura explicou que entre as várias mensagens denunciadas como possível conteúdo de ódio está um ataque ao atual ministro da Administração Interna. “Se é assim que vive a III República, eu também acho que Eduardo Cabrita devia ser decapitado!”

O comentário tinha sido feito em maio, em reação à notícia da suspensão, pelo ministro da Administração Interna, da execução da pena aplicada ao agente da PSP Manuel Morais, por chamar no seu Facebook pessoal “aberração” a Ventura e aludir à decapitação de “racistas nauseabundos”.

A medida aplicada a Ventura não afeta a visibilidade da página do deputado nem de conteúdos já publicados, desde que estes não infrinjam as regras daquela rede social. No entanto, impede a utilização de algumas ou de todas as suas funcionalidades.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Há uma segunda mensagem que foi sinalizada por outros utilizadores. Em maio, criticando os partidos que se recusaram a estar no funeral do tenente coronel Marcelino da Mata, o Comando africano do Exército português que foi o mais medalhado por ações em combate, Ventura chamou usou a expressão “mariquinhas”.

Essas declarações já tinham valido a André Ventura uma suspensão no Twitter, rede social que limitou “temporariamente algumas das funções” da conta de André Ventura por doze horas. Ao regressar à rede social, o líder do Chega prometeu que vai “propor no Parlamento que as redes sociais estejam proibidas, em território português, de fazer censura, suspender ou eliminar contas por motivos político-ideológicos”.

Ventura volta ao Twitter após ter sido proibido de publicar durante 12 horas por ter escrito que “Cabrita devia ser decapitado”