“A Comissão Europeia decidiu hoje dar luz verde ao plano de recuperação e resiliência de Portugal, no montante de 16,6 mil milhões de euros, o primeiro a ser aprovado pela Comissão”, anunciou Ursula von der Leyen, presidente do executivo europeu, em conferência de imprensa conjunta com António Costa. “Não é por acaso”, considera a líder da Comissão, elogiando o Governo português, que detém até ao final do mês a presidência portuguesa da União Europeia.

Portugal tinha já sido o primeiro estado-membro a entregar formalmente o documento em Bruxelas, em abril, e o primeiro-ministro disse em várias ocasiões que gostaria que o plano português fosse dos primeiros a serem aprovados pela Comissão Europeia, ainda durante o primeiro semestre.

“O plano foi concebido em Portugal. As reformas e os investimentos previstos neste plano permitirão a Portugal sair da crise da COVID-19 mais forte, mais resiliente e mais bem preparado para o futuro”, considera a presidente da Comissão, depois de uma reunião com o primeiro-ministro no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. “Irá mudar profundamente a economia portuguesa“.

Presidência da União Europeia. Von der Leyen esta quarta-feira em Lisboa para validar Plano de Recuperação e Resiliência

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Agora, o Conselho da União Europeia tem quatro semanas para aprovar o plano português. E, não havendo obstáculos, os fundos podem ser libertados já no próximo mês. “Assim que o conselho aprovar, vamos desembolsar os primeiros pagamentos em julho”, esclarece Ursula von der Leyen.

“Estaremos ao lado de Portugal em todas as etapas do processo. O vosso êxito será o nosso êxito. Um êxito europeu”, afirma ainda.

O primeiro-ministro, António Costa, considera que “o trabalho árduo começa verdadeiramente agora“. E entende que “não é um cheque em branco“, mas antes “um compromisso, que tem metas, objetivos e calendário”, que “devem ser cumpridos”.

“Isso não é uma dificuldade, mas uma motivação acrescida“, afirma António Costa, que vê este como o dia em que “a esperança se converte em confiança”, porque está em causa o lançamento “de forma ambiciosa e robusta” da recuperação da União Europeia.