A vacinação dos jovens entre os 20 e os 29 anos vai começar a “meio de julho”, uma antecipação relativamente ao que estava previsto anteriormente (ou seja, agosto), disse, este domingo, o comentador da SIC Luís Marques Mendes. As autoridades estão a preparar uma “campanha de sensibilização para os jovens se vacinarem”, adiantou ainda.
Esta possibilidade fica aberta porque a estratégia da taskforce é que, quando se atingir a meta de 50% de vacinados com a primeira dose na faixa dos 30-39, abrirá “logo” o grupo seguinte.
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Já sobre a redução de 12 para oito semanas entre as duas doses da vacina da AstraZeneca, Marques Mendes refere que há 700 mil pessoas à espera da segunda toma, sendo que levará três semanas a que todas estejam vacinadas. “A meio de julho, este grupo terá a vacinação completa”, refere. As pessoas serão contactadas para agendar nova data.
Além disso, para acelerar a vacinação na capital, que está atrasada relativamente a outras regiões, será reativado o centro de vacinação no estádio universitário, em Lisboa. Será “militar” dado que vai ser dirigido por médicos e enfermeiros das forças armadas. O objetivo é vacinar mais de 12 mil pessoas por semana. As autoridades ponderam adotar uma medida semelhante para o Porto. Também os imigrantes não regularizados vão começar a ser vacinados, com o processo a ser concentrado aos fins de semana.
Certificado digital dá acesso sem restrições a casamentos, jogos de futebol e espetáculos
Marques Mendes adiantou ainda que quem tiver o certificado digital Covid-19, que em Portugal está em fase piloto, poderá ter acesso sem restrições a casamentos, jogos de futebol e espetáculos. A medida será aprovada na quinta-feira, em Conselho de Ministros. O Governo já tinha anunciado, após o Conselho de Ministros de quinta-feira passada, que o uso do certificado se aplicaria ao acesso a eventos familiares, culturais ou desportivos, mas não tinha especificado quais ao certo.
O comentador da SIC considera que o certificado também deveria ser usado para o acesso a restaurantes. “É preferível exigir um certificado Covid para entrar num restaurante do que obrigar o restaurante a fechar mais cedo, por exemplo, com as medidas na área metropolitana de Lisboa”, defende. O certificado seria um “incentivo à vacinação e à testagem”.
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Envio de dados de ativistas é “uma mancha no currículo” de Medina
Marques Mendes elogia que a auditoria feita pela Câmara de Lisboa ao envio de dados de ativistas a embaixadas estrangeiras (que o Observador noticiou) tenha sido rápida, criticando que o mesmo não se passe com a auditoria pedida pelo Ministério da Administração Interna à atuação da PSP nos festejos do Sporting, cujos resultados ainda não são conhecidos, mais de um mês depois.
Ainda assim, o comentador da SIC aponta várias críticas ao envio dos dados às embaixadas, que vai deixar uma “mancha” no “currículo” de Medina. Considera que é “assustador” que os episódios tenham acontecido na “maior Câmara do país”. “Nesta Câmara acontecem duas coisas inaceitáveis”: primeiro, “não foi cumprido” o despacho de 2013 do então presidente da Câmara António Costa, com orientações sobre a partilha de informação. Segundo, a “lei de proteção de dados de 2018 não foi respeitada”. “Isto é um susto”, conclui.
Além disso, critica que não haja na maior câmara do país “um sistema de controlo e escrutínio interno sobre o funcionamento da Câmara”. “Tudo pode acontecer, parece que a Câmara está em autogestão. É um pesadelo. É destas maneiras que se fomenta a corrupção: criam-se dificuldades, não há controlo interno e vendem-se facilidades”. Mendes aponta ainda o dedo ao facto de o contacto com países estrangeiros ser feito “por funcionários e não por políticos”.
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O social-democrata diz que nunca esperou que Fernando Medina se demitisse porque, apesar da exceção de Jorge Coelho (que era ministro do Equipamento Social quando caiu a ponte de Entre-os-Rios), “em Portugal não há ninguém que demita por responsabilidades políticas”. “Não sei se [o episódio] vai ter influência nos resultados eleitorais, mas influência na carreira política dele é difícil não ter porque não deixa de ser uma mancha no currículo dele”, considera. As autárquicas deverão acontecer a 26 de setembro, acrescentou.