O Aeroporto Internacional de Chengdu Tianfu, na China, foi oficialmente inaugurado no passado domingo, com o seu primeiro voo, operado pela Sichuan Airlines, a partir às 11h10 locais com destino a Pequim.

Com um custo de cerca de 70 mil milhões de yuans chineses, o equivalente a cerca de 10 mil milhões de euros, este novo aeroporto é o segundo da cidade de Chengdu que, assim, se torna na terceira cidade do país a ter dois aeroportos internacionais, juntando-se a Xangai e Pequim.

Atualmente, o aeroporto tem três pistas e dois terminais, com uma área total de 710 mil metros quadrados, e tem capacidade para transportar até 60 milhões de passageiros por ano. Contudo, a agência Xinhua News avança que o objetivo é alargar a infraestrutura para uma área total de 1,4 milhões de metros quadrados, de forma a atingir uma capacidade de 120 milhões de passageiros por ano.

A região de Sichuan é um dos destinos turísticos mais populares da China, onde a principal atração são os pandas gigantes. O país, no entanto, deverá continuar fechado para viajantes internacionais, apesar de se verificar um crescimento no mercado interno.

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De acordo com dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo, o tráfego interno da China aumentou 6,8% em abril de 2021, em comparação com o mesmo mês de 2019.

Um especialista em aviação, Brendan Sobie, explica à CNN que “o novo aeroporto em Chengdu era necessário para acomodar o rápido crescimento contínuo”.

“O mercado interno da China já recuperou totalmente da pandemia e continuará a crescer rapidamente. Dado o tamanho da cidade e a sua localização central na China, Chengdu está muito bem posicionada e pode beneficiar disso”, salientou.

Antes da pandemia, o antigo aeroporto da cidade, o Aeroporto Internacional de Chengdu Shuangliu, era o quarto maior do país em volume de passageiros, indicou o especialista, acrescentando que em 2020 “era, na verdade, o segundo maior, pois foi menos afetado pela pandemia do que outros aeroportos importantes devido à sua alta dependência do mercado interno”.

Desde software de reconhecimento facial, a quiosques de auto-check-in, sistemas de segurança inteligentes e portões de embarque automático, este novo aeroporto, cuja primeira fase demorou 5 anos a ser construída, tem uma série de tecnologias de última geração para permitir uma melhor experiência aos passageiros.

Segundo o Plano da Rede de Transportes chinês, apresentado pelo governo no início do ano, o país pretende inaugurar mais aeroportos nos próximos anos. O objetivo é chegar a 2035 com um total de 400 aeroportos em funcionamento. Atualmente a China tem 241.