O montante global de empréstimos abrangidos por moratórias públicas e privadas era de 38.500 milhões de euros no final de maio, menos 1.200 milhões do que em abril, informou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP).
“Esta variação resulta do decréscimo tanto dos empréstimos concedidos a particulares, como dos concedidos a sociedades não financeiras, que diminuíram 500 e 700 milhões de euros, respetivamente”, precisa o banco central.
Nos empréstimos concedidos a particulares, destaca-se a redução — de 300 milhões de euros, para 1.500 milhões de euros — dos empréstimos para outras finalidades (isto é, excluindo habitação) abrangidos por moratórias privadas.
Já o montante de crédito à habitação sob moratória recuou 200 milhões de euros face a abril, somando 13.200 milhões de euros no final de maio.
Segundo o BdP, nos empréstimos a sociedades não financeiras (empresas) em moratória verificou-se um decréscimo de 700 milhões de euros que foi transversal a todos os setores de atividade.
Nos setores mais vulneráveis, tais como definidos no Decreto-Lei. nº 22-C/2021 de 22 de março de 2021, existiam em maio 24,1 mil empresas abrangidas por moratórias, tendo o montante de empréstimos com pagamento suspenso diminuído 100 milhões de euros face a abril, para 8.500 milhões de euros.
Desde outubro (46.900 milhões de euros) que se tem assistido a uma redução mensal do montante global de empréstimos em moratória.
As estatísticas mensais do BdP sobre os empréstimos abrangidos por moratórias (pública e privadas) têm por base os elementos reportados pelas instituições financeiras à Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.
Desde março do ano passado que milhares de clientes não estão a pagar os créditos aos bancos, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos empréstimos, criadas como uma ajuda a famílias e empresas penalizadas pela crise económica desencadeada pela pandemia de Covid-19.