Desde que a República do Chipre foi criada, na década de 60, nunca se tinha visto nada assim no país, mas os incêndios, que fizeram quatro mortos, destruíram 50 casas e obrigaram à evacuação de 10 aldeias, estão finalmente “sob total controlo”, segundo as autoridades do país, citadas pela agência de notícias France Press (notícia publicada pela France 24).
Os homens que morreram eram trabalhadores egípcios, que, segundo a agência Lusa, estavam desaparecidos há um dia, depois de terem tentado fugir das chamas. O presidente do Chipre, Nikos Anastasiadis, já se comprometeu a ajudar as famílias destes imigrantes, todos com idades compreendidas entre 25 e 30 anos.
Desde o passado sábado, o fogo queimou ainda vegetação e colheitas numa área de 55 quilómetros quadrados, ou seja, o equivalente a um pouco mais do que a cidade do Porto. Mas um estudo com base em imagens de satélite estima que possa ter atingido 67 quilómetros quadrados.
Às 5 horas desta madrugada, as autoridades cipriotas tinham as chamas controladas. Um total de 600 operacionais, entre bombeiros e exército, tiveram ajuda de aeronaves gregas, israelitas, italianas e britânicas, segundo as agências de notícias. Ficaram ainda vários bombeiros em torno de uma das aldeias para evitar qualquer nova deflagração.
Um agricultor de 67 anos foi detido por suspeitas de ter ateado o fogo, depois de ter havido uma denúncia à polícia. Acusação que o homem rejeita, segundo a AFP.