As equipas de resgate recuperaram, até agora, os restos mortais de 19 pessoas que estavam a bordo do avião que se despenhou na terça-feira na península de Kamchatka, no extremo oriente da Rússia, informaram esta quarta-feira,  as autoridades locais.

“Os restos mortais de 10 pessoas foram encontrados durante as operações de busca nas costas [da península] de Kamchatka (…). Os trabalhos foram suspensos durante a noite”, indicou o Ministério regional para Situações de Emergência, num comunicado enviado esta quarta-feira, à agência France-Presse (AFP).

Posteriormente, o ministério confirmou a recuperação de outros nove corpos, tendo avançado que uma das vítimas do acidente já tinha sido identificada.

Um avião Antonov An-26, propriedade de uma pequena companhia local, com 22 passageiros e seis tripulantes a bordo, desapareceu dos radares na terça-feira pouco antes da aterragem prevista na cidade costeira de Palana, na zona da península de Kamchatka.

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Após várias horas de buscas, as equipas de resgate conseguiram localizar destroços do aparelho ao longo da costa e no mar de Okhotsk. Os meios de comunicação social russos informaram, na terça-feira, que nenhum tripulante ou passageiro, incluindo duas crianças, que estava a bordo do aparelho tinha sobrevivido.

Os trabalhos de busca e de resgate, que estão a envolver 51 elementos e meios aéreos e marítimos, estão a decorrer em condições meteorológicas adversas, nomeadamente nevoeiro, ondulação e ventos fortes.

O governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, declarou, entretanto, três dias de luto na região e deslocou-se a Palana, onde prometeu às famílias das vítimas “toda a ajuda necessária”, segundo indicou um comunicado das autoridades, igualmente citado pela AFP. O Presidente russo, Vladimir Putin, também enviou as suas condolências aos familiares das vítimas.

O aparelho, de conceção soviética, fazia a ligação entre a capital regional Petropavlovsk-Kamtchatski e a cidade Palana quando deixou de transmitir as coordenadas.

Um inquérito foi, entretanto, aberto para determinar as causas do acidente, com as equipas de investigação a analisarem várias hipóteses, nomeadamente más condições meteorológicas, problemas técnicos ou um possível erro humano.

O modelo Antonov An-26, produzido entre 1969 e 1986 na antiga União Soviética, tem estado envolvido em vários acidentes fatais nos últimos anos.