A seleção italiana desenvolveu um ritual ao longo do Euro2020. Sempre que o autocarro sai em direção ao local onde vão jogar, deixam ficar para trás o chefe de delegação e treinador adjunto Gianluca Vialli, sendo que depois voltam para o ir buscar. A menos de 24 horas da final do torneio, seria mais que expectável que a superstição se voltasse a repetir — e o membro do staff voltou mesmo a não entrar no autocarro.

A tradição começou antes do jogo da partida frente à Suíça, que Itália venceu por 3-0 e teve uma exibição convincente, ainda para mais frente a uma seleção que, no decorrer da prova, foi considerada uma das surpresas deste Europeu, chegando a eliminar a França, atual campeã do Mundo. Gianluca Vialli foi acidentalmente esquecido no centro de treinos Coverciano, em Roma, o que obrigou o autocarro a regressar ao local.

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Desde então, por uma mistura de sorte e por brincadeira, o autocarro da Azzurra acaba sempre por se esquecer propositadamente de Gianluca Vialli, voltando para trás para o ir apanhar. E deu resultado até agora: a Itália ganhou ao País de Gales ainda na fase de grupos, à Áustria nos oitavos de final, à Bélgica nos quartos de final e à Espanha nas meias-finais.

Se a sorte estiver (mesmo) do lado dos italianos, isso é uma boa notícia: este domingo, a Itália vai defrontar Inglaterra, no estádio de Wembley, em Londres, e procura ganhar o seu segundo Campeonato da Europa. 

Gianluca Vialli jogou na Sampdória, na Juventus e no Chelsea, tendo ganhado duas Taças dos Campeões Europeus, uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, uma Supertaça Europeia, duas ligas italianas e uma Taça de Inglaterra. Recentemente foi diagnosticado com cancro, mas curou-se da doença. Pela seleção italiana, Vialli jogou 59 vezes, marcando 16 golos.

“Tenho vergonha de estar tão feliz”. A história de Vialli, o bad boy que cresceu num castelo e superou luta de 17 meses contra um cancro