A FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos) está a planear divulgar um alerta sobre o facto de a vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19 poder levar a um aumento do risco de desenvolvimento de uma síndrome rara, segundo informações avançadas pelo The New York Times.

Trata-se da síndrome Guillain-Barré, uma doença rara em que o sistema imunitário de uma pessoa reage contra as próprias células nervosas e ataca o sistema nervoso periférico, provocando fraqueza muscular e, por vezes, paralisia. Os sintomas da doença podem manter-se durante umas poucas semanas ou vários meses, mas normalmente os doentes recuperam totalmente. Em alguns casos as pessoas podem ficar com sequelas, mas raramente morrem desta doença, lê-se no site dos Centros de Controlo e Prevenção das Doenças norte-americanos (CDC).

A probabilidade de desenvolver doenças raras entre as pessoas que receberam a vacina da Johnson & Johnson parece ser entre três a cinco vezes maior do que na população em geral, nos Estados Unidos, detalha ainda o The New York Times.

Embora os resultados ainda sejam considerados preliminares, foram já identificados cerca de 100 casos suspeitos da doença de Guillain-Barré entre as pessoas que receberam a vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson. Em comunicado divulgado na segunda-feira, o CDC explica que estes cerca de 100 casos foram relatados cerca de duas semanas após a vacinação e principalmente em homens, muitos deles com 50 anos ou mais.

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No entanto, alerta o mesmo jornal, a maioria das pessoas que desenvolve esta doença rara, acaba por recuperar. E o FDA conclui que os benefícios da vacina na prevenção de doenças graves ou morte por Covid-19 ainda superam qualquer perigo associado à vacina. No entanto, planeia incluir este alerta nas fichas técnicas da vacina.

Qual a relação entre o vírus zika e a síndrome Guillain-Barré?