Os especialistas norte-americanos que reuniram com a Pfizer, esta segunda-feira, para avaliar a necessidade de uma terceira toma da vacina contra a Covid-19, dizem que é ainda necessário recolher mais dados científicos que sustentem a medida.
A Pfizer tenta junto dos reguladores dos EUA a aprovação de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. A farmacêutica baseia esta posição num estudo que levou a cabo e que concluiu que os níveis de anticorpos aumentam de cinco para dez vezes mais após a terceira dose, face à segunda.
“Em agosto, a Pfizer planeia pedir à Food and Drug Administration (FDA, o regulador dos EUA) uma autorização de emergência para uma terceira dose”, disse Mikael Dolsten, responsável da farmacêutica, em declarações à AP. A argumentação da Pfizer é que o reforço permitiria dar uma proteção adicional perante as novas variantes, como a delta, altamente transmissível.
Mas os especialistas norte-americanos ainda não estão convencidos e dizem que são precisos mais dados para que a terceira dose seja considerada necessária. Essa posição tem sido assumida também por Anthony Fauci, o conselheiro do governo norte-americano para o combate à Covid-19.
O The New York Times conta ainda que, dentro da administração Biden, há receios de que os norte-americanos evitem ser vacinados por acreditarem que as vacinas contra a Covid-19 concedem apenas uma proteção de curta duração.
Apesar das reticências dos vários países, Israel já está a administrar a terceira dose da vacina na população mais vulnerável, uma opção criticada esta segunda-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que a considera “desnecessária”.