O presidente da Câmara de Monchique exigiu esta sexta-feira que o erro que coloca o concelho em risco elevado de incidência de Covid-19 seja corrigido até às 19h00 para não prejudicar a restauração e as outras atividade económicas.

“A ver se até às sete da tarde há uma deliberação do Governo sobre esta questão para que fique resolvida antes de entrarem em vigor as normas para a restauração”, realçou à Lusa Rui André.

O anúncio da colocação do concelho em risco elevado foi conhecido depois da reunião do Conselho de Ministros que se realizou esta quinta-feira e foi tomada por considerar que o concelho teria ultrapassado os 120 casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, porém Rui André sublinhou que, no caso dos territórios de baixa densidade, o critério “é duas semanas de 240 casos“.

“Nós nunca tivemos sequer uma de 240. Tratando-se de um erro, que já aconteceu noutras ocasiões, a Direção-Geral da Saúde (DGS) corrigiu a situação e espero que o mesmo se passe agora”, realçou. Com “apenas sete casos ativos” na população — dados de 15 de junho — e tendo atingido “11 casos apenas durante três dias”, nas últimas duas semanas, destacou que corresponde a uma incidência de “217/100 mil habitantes”.

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Com esta medida, os restaurantes podem funcionar até às 22h30 mas às sextas-feiras depois das 19h00 e aos sábados, domingos e feriados, durante todo o dia, o acesso a restaurantes para serviço de refeições no interior está permitido apenas aos portadores de certificado digital ou teste negativo.

Os cafés e pastelarias apenas podem funcionar até às 22h30 — com um máximo de 6 pessoas por grupo no interior e 10 por grupo em esplanada — e os espetáculos culturais terão que terminar às 22h30. Nos cafés e pastelarias não há necessidade de os clientes apresentarem certificado digital ou teste negativo à Covid-19, salvo se forem tomar uma refeição.

Enquanto aguarda a resposta “rápida” por parte do Governo e da DGS, a autarquia de Monchique irá distribuir “1000 testes rápidos” de despiste à Covid-19, durante o dia desta sexta-feira, de forma a “minimizar o impacto destas imposições absurdas e manter toda a restauração local em pleno funcionamento e em segurança”.

Os testes podem ser solicitados pelos empresários da restauração e hotelaria do concelho junto da câmara municipal para aplicar aos seus clientes, permitindo assim o “seu acesso ao espaço interior destes estabelecimentos“.