No final de maio, o Ministério da Saúde e os laboratórios privados acordaram que o Estado passaria a pagar 40 euros por cada teste PCR, o que se traduziria numa redução de 25 euros (face aos 65 euros que estavam em vigor desde setembro). Esse novo preço entrou em vigor a 7 de junho, mas, conta o Público esta segunda-feira, no último dia desse mês, o secretário de Estado da Saúde voltou a rever o preço, para 45 euros (ainda assim, quase metade do início da pandemia, 87,95 euros, uma oscilação que não se tem refletido para o consumidor).

Ao jornal, o Ministério da Saúde explica que a “manutenção do contexto pandémico” justificou “novo reajustamento do preço” no início de junho. Segundo a tutela, verificou-se tanto uma “redução do custo de execução dos testes”, devido a uma “evolução significativa das técnicas aplicadas”, mas também “uma redução dos preços de mercado dos produtos utilizados” e do material de proteção individual.

Já quanto ao aumento no final de junho, com efeitos a 1 de julho, refere que foi feito “após nova avaliação, dado o contexto epidemiológico atual e a necessidade de manter e reforçar a resposta laboratorial de testes PCR”. Ao Público, o fundador da rede de laboratório Germano de Sousa diz que os laboratórios pressionaram o Governo a subir os preços. “Simplesmente dissemos ao Estado que por 40 euros não fazíamos os testes”, afirma Germano de Sousa.

Ainda assim, apesar de o Estado ter negociado com os privados uma descida gradual do preço dos testes desde o início da pandemia, os preços aos particulares praticamente não oscilaram. Nas maiores redes de laboratórios privados, continuam a custar cerca de 100 euros.

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