Um sindicato de profissionais de saúde francês convocou uma greve nacional em protesto contra a vacinação obrigatória para este grupo da população. Em França, 70 profissões da área da saúde estão abrangidas na imposição da toma da vacina contra a Covid-19 até dia 15 de setembro. Se não o fizerem, estes um milhão e meio de trabalhadores serão suspensos sem direito a remuneração.

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Agora, enquanto se aproxima a data limite, o Sindicato Solidário Unitário e Democrático francês convoca uma greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira, como conta o jornal Le Figaro. Este agrupamento representa cerca de 10% do total de profissionais, não sendo o maior do setor.

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O secretário-geral do sindicato sublinha que a regra “está mais uma vez a colocar a culpa do ressurgimento de contaminações e mortes causadas pela Covid-19 em hospitais no pessoal de saúde”.

Jean-Marc Devauchelle esclarece que o sindicato não é antivacina, mas sim que defende uma “escolha livre”. Por isto mesmo, está do lado dos que protestam contra o certificado digital Covid-19, que facilita a circulação entre países e retira restrições a quem o possua.

O sindicalista afirma que “qualquer injeção traz riscos” e que ainda não há uma conhecimento retrospetivo suficiente sobre as vacinas contra a doença causada pelo novo coronavírus. “Nós somos sempre relutantes quando não conhecemos um determinado produto”, diz.

Esta obrigatoriedade terá “certamente” um impacto negativo na moral dos trabalhadores, defende ainda Devauchelle, que acredita que poderá também fazer com que mais pessoas deixem o emprego.